sexta-feira, 8 de maio de 2009

E TODO DIA ERA DIA DE ÍNDIO...

Essa história de índio ser considerado inimputável, sem punição quando invadem e/ou exercem violentamente suas manifestações políticas.
Não são mais parte de uma civilização não aculturada. Usam celulares, computadores e são articulados o suficiente para responderem por seus atos.
Nada contra o exercício da violência quando justificadas e legítimas. A questão é que quem se propõe a fazer uso de mecanismos ilícitos em prol de um bem no qual acredita, deve estar preparado para - em caso de insucesso - responder por seus atos.
Assim é num país civilizado. O IRA - que na década de 70 e 80 reunia ativistas armados em atentados contra autoridades locais e estrabgeiras - hoje tem parte de seus líderes na cúpula política. Foram bem sucedidos e não pagam por suas atividades ilícitas. Mas se fossem mal sucedidos? Seriam presos ou mortos.
Eis a questão: alguém pretende processar e prender esses índios?

11 comentários:

  1. "Nada contra o exercício da violência"

    Ai, Marcão! tenho que discordar... como violência pode ser justificada e legítima?

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  2. Udi, não seja inocente. A violência pode ser justa e legítma em várias formas sendo a legtma defesa a mais rudimentar delas,por exemplo.

    Além disso,a violência politica também tem vários exemplos de legitimidade e justiça, não fosse assim não flaríamos da Revolução Francesa, da tomada de poder em Cuba ou dos atos de resistência no Irã à invasão Russa.

    Eu não sou Budista.

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  3. Para não ficar feio,vaos trocar Irã por Afeganistão...rsrs

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  4. Difícil, Marcão! Assunto difícil, viu...
    bjs

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  5. Udi, pensei que você havia sumido...rsrs

    Sabe Udi, de uns tempos para cá vemn crescendo o número de pessoas que acham esse "assunto difícil". Pois para mim não é não.

    Violência é como remédio: deve ser usado quando necessário, com cautela e dentro dos limites para levar à cura porque o excesso causa males tão ou mais danosos que a causa original.

    Se eu fosse Santo Agostinho ou um fervoroso assimilador da forma como ele encara os pecados, por certo que acreditaria que "matar" é pecado em qualquer circunstância. Mas não sou. Sou advogado e não sou cristão. Matar, quando é para legitima defesa - por exemplo - é permitido pela lei humana e não creio que seja diferente pela lei de Deus. E se isso, que é tão grave, é uma violência permitida em situação legítima, todas as demais formas de violência podem ser legitimadas em função da necessidade de se combater um mal e restabelecer a justiça.

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  6. Marcão, vejo a tua posição não apenas corajosa mas principalmente de uma honestidade e sinceridade admiráveis. Se já não o conhecesse pessoalmente talvez ficasse inclinada a "julgá-lo" e "condená-lo" como um "pregador" da violência, ou algo no gênero.
    Na verdade, a questão da violência, não passa necessariamente, pela agressão física em si; então, estamos todos à merce de atitudes violentas... o que torna tudo mais difícil ainda.
    ...tão difícil que ninguém comenta.
    ;)
    bjs

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  7. Udi, você tem razão. Há quem possa me julgar como um pregador da violência mesmo. Só não o faz quem, como você, me conhece. A questão é que de fato, embora atentando contra o senso comum e contra a onda de atitudes politicamente corretas que vemos nos últimos tempos, eu não tenho dúvidas de que a violência é tão necessária quanto a paz. Uma garante a outra, na verdade, e não uma se opõe à outra. A violência passa por níveis que vão desde a intervenção no seu direito de expressão até o cercemaneto à vida. E pode ser exercida nuns casos só pelo Estado e noutros por qualquer cidadão.
    Ademais a violência recebe outros nomes para diminuir seu impacto neurolinguistico e ninguém se opõe. Por exemplo: censura, multa; se o Poder Judiciário penhora e vende sua casa, a isso se dá o nome de "expropriação compulsória"; se alguém usa de violência física contra outrem que tenta impedir injustamente o exercício de um direito legítimo a isso se dá o nome de "legítima defesa" e por aí vai.
    Buscar soluções pacíficas para a vida cotidiana é meu labor. O diálogo é meu instrumento de trabalho. A palavra é minha ferramenta. A lei é meu oriente. Mas tudo isso só pode ser aplicado num contexto. Há situações em que esse contexto não existe. Há situações em que a palavra não surte efeito. Há situações em que não há lei que baste. Quem já passou por isso sabe do que estou falando. Nesse momento é preciso fazer uma opção: ou se luta ou se submete. Ou se é vítima da violência ou se faz uso dela como instrumento legítimo para sua defesa ou de um ideal.
    Pena que no Brasil violência esteja tão associada a violência urbana e social. Isso causa pavor em muitos, sem contar que o povo brasileiro é um povo subserveniente, medroso, que acredita ser o enfrentamento atitude anticivilizada ou anticristã. Todos os povos civilizados, ricos e ditos de primeiro mundo têm no enfrentamento armado e na violência institucionalizada seu marco. França, Alemanha, Japão, China, Estados Unidos, Russia, Canadá, Inglaterra, Povos dos Países Baixos e por aí vai. A história é quem me mostra e a natureza é quem me guia.

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  8. Enfrentamento é diferente de violência. Concordo totalmente com a idéia de que, muitas vezes, quando você "reclama" de alguma coisa abertamente (um mau atendimento em restaurante, banco, loja...), no geral, os brasileiros reagem como se você estivesse sendo violento... quem está em volta te olha de lado, a pessoa que foi alvo da reclamação se coloca como vítima e, muitas vezes, acaba dizendo que "só está cumprindo ordens"...
    affe! mas essa discussão pode ir longe e eu já te disse que não quero polemizar com um advogado que ganhou uma causa contra a Net (...risos!)

    ...aliás! bem lembrado! resolvi migrar todo o mix de "coisas" (TV paga/ banda larga/ telefone) para uma única "coisa": NET.
    Fazem 3 dias que não tenho telefone fixo em casa e há 3 dias que me dizem que o problema será resolvido em 24 horas. Aí hoje (isso dava uma postagem, né?) o cara (de pau) disse que seria resolvido nas próximas 24 horas ou até em 5 dias úteis!(????)
    Será que já contrato um advogado?

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  9. Udi,

    O enfrentamento é a resistência, o conflito. Alguns de resolvem de modo pacífico e outros não. Para cada mazela há um remédio.

    Por outro lado Renato também está com problemas. Se quiser, me ligue, ou me mande um e.mail, será um prazer ensinar-lhe a solucionar esse problema.

    Grande beijo.

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  10. Marcão?
    Sevilla novamente? ...ou era Zaragoza? ou NDA?
    whatever! cadê você?
    bjs

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