quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Deus é elitista?

Dizem por aí que dinheiro não traz felicidade. Talvez não fosse bem assim que pensassem os norteamericanos que cunharam no dolar aquela velha  frase: "In God We Trust".

Dizia minha avó que pouco com deus é muito e muito sem deus é nada. Mas curiosamente, quanto mais rico é um país, mais ateus ele tem e menos religiosas são as pessoas.

Alista dos países em que há menos influência religiosa e mais ateus entre os cidadãos era, em 2009, a seguinte:
  1. Suécia
  2. Vietnã
  3. Dinamarca
  4. Noruega
  5. Japão
  6. República Tcheca
  7. Finlândia
  8. França
  9. Coréia do Sul
  10. Estônia

À exceção do Vietnã, os demais países da lista têm algo em comum: são ricos!

Agora, segundo a revista FORBES, uma pesquisa divulgou números que parecem corresponder a essa idéia de que felicidade e riqueza andam juntos.

De 110 países observados os primeiros 10 do ranking nos quais a felicidade parece estar ululando pelas ruas, ou seja, aqueles 10 países em que se afirma haver um maior nível de felicidade entre os cidadãos são, justamente, os mais ricos do planeta.

No sentido inverso, os últimos 10 (ou seja, os 10 mais infelizes) são, rigorosamente, aqueles assolados pela pobreza.

E os 10 primeiros foram:
1) Noruega
2) Dinamarca
3) Austrália
4) Nova Zelândia
5) Suécia
6) Canadá
7) Finlândia
8 ) Suíça
9) Holanda
10) Estados Unidos

 Conclui-se que: 
a) ou essa conjunção entre felicidade e riqueza é mera coincidência;
b) ou a felicidade é seletiva e prefere os mais ricos;
c) ou deus é igual político brasileiro: elitista ajudando seus mais íntimos e mantendo o povo na merda para arrecadar mais votos (orações);
d) ou aquele velho ditado sobre dinheiro x felicidade é pura balela.

Temos que nos concientizar de que riqueza é importante, dinheiro é imprescindível e um país realmente justo, provedor de igualdade de condições para desenvolvimento do potencial geral, provedor de estudo para todos, de cuidados de saúde para todos, de segurança para todos e de justiça para todos é, sem dúvida, um ótimo substituto à ficção da divindade e da promessa de uma vida feliz no reino dos céus porque, de fato, a felicidade é para ser sentida agora e não num amanhão que por certo não haverá.

E isso é política, não religião, que irá promover.

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