Romances baseados na vida real ou meramente ficção, quantos não foram os filmes que eu vi e me emocionei. Dois me marcaram especialmente: "AMADEUS" e "O FILHO DA NOIVA".
Sucesso de vendagem a obra literária "Comer, rezar e amar" seguiu a trilha de outros tantos livros e transformou-se em filme.
Minha mulher leu o livro e gostou muito. Ontem assistimos à produção cinematografica.
Minha opinião sobre o filme: um apanhado de clichês misturados com um "q" de auto ajuda para fins emocionais.
Eu não vivi na Itália mas, por outro lado, nem vi cenas calorosas de "amassos" nas ruas (como aquelas mostradas nos filmes) nem vi homens passando a mão em mulheres (como parece ter ocorrido com a personagem sueca), nem vi gente chavencando estrangeiras (como se mostrou).
Vi, sim, cenas de grosseria explícita de homens com olhares lascivos lançados para mulheres estrangeiras mesmo quando estas estavam com seus parceiros. Mas isso é charme? É, ao menos, paquera? Se for, tudo bem...
Os amassos, como se costuma ver aqui nas ruas brasileiras me dá a impressão de serem, aqui no Brasil, mais "quentes". E de que o "dolce far niente" é maior aqui do que lá.
E se o clima de lá fosse, de fato, tão sexy, tão irresistivelmente sexual, como se faz crer no filme, as mulheres não usariam, ilesas, roupas tão curtas e devassadas como o fazem no verão. Roupas que as brasileiras jamais sonhariam usar. Aqueles micro vestidos com os quais, inclusive, andam de scooter te permitindo ver flagrantes de várias calcinhas, fariam homens correrem atrás delas (lembram da cena na fonte que mostram os italianos correndo atrás de umas garotas como se fossem um bando de tarados) mas, na verdade, eles fazem exatamente: Nada! Nenhum "fiu fiu", nenhuma gracinha. Nada.
Por outro lado, aquela história de brasileiro beijando seus "filhos" (sim, filhos homens) na boca como se fosse um costume nosso???? O que era aquilo????
E mais, o que me causou profunda estranheza foi o fato de que em tempos modernos, com as mulheres falando cada vez mais que não estão preocupadas em se casar, a questão central tenha sido "o casamento" como ponte para a "felicidade".
Sob protestos da minha mulher (que amou o livro e chorou no filme) digo francamente que na categoria "romance", eu prefiro, disparadamente, ver "SECRETÁRIA".