Confiamos nossas vidas a gente que não conhecemos porque partimos de premissas que lastreiam o pacto de relação social que nos une.
Exemplifico: quando compramos um carro esperamos não somente que le nos leve de um lado para o outro mas que seja seguro o suficiente a não violar nossas saúde e não nos ponha em risco.
O mesmo ocorre com a comida que ingerimos, com os diversos materiais de limpeza que compramos e tudo o mais que fazemos.
Desde muito garoto ouço as pessaos falarem de "bom senso".
Bom senso é um conceito geral indeterminado que remete à idéia de equidade no trato com as pessoas. Algo abstrato relacionado com a justa expectativa que depositamos uns nos outros quanto as relações que estabelecemos, algo relacinado aos usos e costumes de um dado local, num dado tempo e numa dada relação.
Na teoria o bom senso dispensaria o contrato, afinal da contemplação singela daquilo que é rétido, equilibrado e que atende à praxe e ao senso comum saltaria aos olhos aquilo que devemos ou não cumprir, aquilo que devemos ou não esperar pela natureza da relação ou da atividade além de nossas obrigações expressamente pactuadas ou excepcionalmente dispostas.
Por exemplo, quando alguém visita um apartamento que se pretende adquirir o vendedor o mostra no estado em que está, portanto mobiliado.
O segundo confia no bom senso do futuro adquirente no sentido de que este saiba que seus móveis não estão à venda juntamente com o apartamento e serão levados consigo. Já o adquirente confia no bom senso do vendedor esperando que os bens que estão agregados ao imóvel fiquem ali, tal como estão.
É que, diversamente do que se dá nos EUA, não é praxe no Brasil vender bem imóvel com os móveis (à exceção dos armários embutidos e planejados que se incorporam ao bem) ali dispostos.
Por isso, diz o bom senso, que o adquirente não deve esperar que o alientante deixe sua geladeira, seu fogão, suas máquinas de lavar. Ao mesmo tempo, o bom senso também aponta no sentido de que o alienante não pode tirar os lavatórios, as privadas, as pias e por aí vai porque a praxe imobiliária é a de deixar tais bens.
É nesse sentido que aponta o senso comum, é nesse sentido que a justa expectativa se fixa e é isso que norteia o "bom senso".
Por isso, diz o bom senso, que o adquirente não deve esperar que o alientante deixe sua geladeira, seu fogão, suas máquinas de lavar. Ao mesmo tempo, o bom senso também aponta no sentido de que o alienante não pode tirar os lavatórios, as privadas, as pias e por aí vai porque a praxe imobiliária é a de deixar tais bens.
É nesse sentido que aponta o senso comum, é nesse sentido que a justa expectativa se fixa e é isso que norteia o "bom senso".
Contudo, porém, inobstante....o bom senso é como cabelo: nem todo mundo tem!
Se você confiar no bom senso alheio, acredite, se dará mal.
Para suprir isso é que existe a desconfiança e o contrato.
Tal como na tirinha do Kalvin, as pessoas costumam escolher ignorar o bom senso e, exatamente por isso, nunca faltará trabalho para os advogados.
o bom senso é algo que esta limitado dentro do conhecimento de cada um, por isso cada pessoa ira responder diferente...
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