E uma das questões com as quais me deparo diuturnamente é a da separação e/ou divórcio.
Já vi de tudo: de casais recém casados querendo anular o casamento, de casais idosos reconhecendo que não se suportavam mais, de casais bem estruturados que reconheciam que o amor acabou e de pessoas que, por não aceitarem a separação, tornavam a vida do outro um inferno.
Uma coisa, contudo, ficou clara para mim após tantos anos de militância jurídica: nem sempre é fácil para quem está dentro saber que o casamento faliu! E quando isso ocorre a dor no peito, a angustia, a tristeza e a sensação vazio é de ambos e não só daquele que não tomou a iniciativa da separação.
Quando o clima está péssimo e as pessoas não mais se toleram é fácil notar que o casamento está arruinado.
O problema reside naqueles casos em que há amizade e afeto, mas não há amor conjugal. Para o casal nessas circunstâncias não fica claro se a separação é a solução, se eles estão apegados um ao outro em função do conforto e da acomodação ou do medo do recomeço ou, até mesmo, do amor fraternal que os unem.
Alguns sinais de que é hora de repensar o casamento eu aprendi a notar ao observar esses casais:
1. falta de tesão;
3. perda do romance;
4. sensação de dejá vu. (o casal já havia discutido a relação por conta dos itens anteriores outras vezes com sucessivas tentativas de "resgate" do casamento).
E foi isso que eu respondi para um casal que atendi esta semana, cuja esposa estava na dúvida quanto ao fato de ser ou não o momento oportuno para ela e o marido se separarem.
Pela sua descrição, imagino que você ainda não tenha se separado...
ResponderExcluirTodas as coisas que você lista acontecem para qualquer casal e não representam, nem quando em conjunto, uma sentença final para o casamento.
O casamento termina quando pelo menos uma das partes decide, viceral e inequivocamente, que não quer continuar.
Todas as outras condições são superáveis.
Flávio e Marcos,
ResponderExcluirAchei muito interessante a visão de ambos sobre o assunto, minha pergunta de "menina" é:
e o amor nessa história toda?? não tem como ser mensurado??
será que um "novo" amor não seria a parte viceral e inequivoca da decisão da outra pessoa??