segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

No que creem os que não creem

Outro dia eu vi "Nosso Lar", filme baseado numa obra psicografada por Chico Xavier e de autoria de André Luiz, um espírito de um médico.

Uma  obra cinematográfica muito bem produzida e esmerada que, para mim, mereceu ser vista apenas pelo ato de prestigiar-se o bom trabalho daqueles que nele se envolveram.

Eu fico pasmado diante da certeza de que há pessoas que acreditam naquilo mas, como crenças são crenças,  assisti como quem asstisse a um filme de ficção científica (afinal é quase isso, já que com elementos futuristas mas que de ciência não tem nada).

Assisti também "A Caminho de Kandahar" e "Henrique IV - O grande Rei da França".


Esses últimos dois filmes tratam de religião, política, poder, manipulação e miséria humana. Tudo de um modo mais cru como a vida costuma ser. Sem floreios, sem ficções e sem discrepâncias.

Se eu já não tivesse deixado de ser cristão eu o deixaria de ser depois de ver tais filmes.

Pois bem, há um livro, "No que creem os que não creem", que traz debates acalorados entre ateus e cristãos sobre o que, afinal, guia a vida de um ateu já que não são preceitos religiosos.

O livro é um apanhado de cartas trocadas entre filósofos, escritores e religiosos italianos.

Um deles, ateu, numa dada passagem diz que baseia sua vida em valores éticos de respeito ao próximo.

De uma coisa eu estou certo: não é preciso ter crença religiosa para saber que isso é, sem dúvida, o melhor caminho a seguir quando também se espera respeito em troca.

Mas infelizmente não é esse o exemplo dado pelos líderes religiosos ao longo da história da humanidade.

Eu não sou ateu, mas no final das contas é preferível o ateísmo ao triste discurso vazio de religiosos.

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