Massagem tântrica e algumas reflexões

Ha tempos li sobre a massagem tântrica quando a vi num episódio do seriado "Sex and the city".

Naquela época a idéia vendida no filme e por aqui mesmo, era de que se tratava de uma forma de manipulação sexual que visava o aumento do prazer, sem conotação de terapia ou cura.

O assunto em questão foi retomado quando um amigo blogueiro trouxe à baila sua experiência com a essa terapia e procurei, novamente, me inteirar do assunto junto ao Centro Metamorfose, local onde se aplica a terapia e se ministra cursos acerca do assunto.  

Achei interessante o conceito terapeutico da massagem que é assim tipificado no site do Centro de Desenvolvimento Integral Metamorfose: "um método revolucionário de expansão da sensibilidade que possibilita uma cura no corpo, na mente e nas emoções. Expansão da sensibilidade porque permite ampliar o espectro de sensações do Lingan e da Yoni, oferecendo uma gama enorme de sensações e prazeres que produzem como resultado um estado místico de supraconsciência."

O site enfatiza que as massagens não são sexuais mas de cura e que têm por objetivo "oferecer um novo caminho de crescimento, expansão e consciência".

Muito bem, dito isso, me pergunto: será que - diante desse conceito de terapia - os praticantes da massagem tântrica estão mesmo completamente despojados dos valores ocidentais de sexualidade a ponto de encarar a atividade, de fato, como terapia?

Afinal, a tamanha naturalidade de um processo qualquer de cura (como se dá com outras modalidades de mssagens terapeuticas ou como se dá em áreas de cuidados com a saúde) tornam seus profissionais efetivamente capazes de perpetrar os procedimentos respectivos em seus filhos e filhas, netos, mãe e pai e por aí vai, inclusive em pessoas do mesmo sexo.

Será que os praticantes de massagem tântrica também estariam prontos para aplicar as técnicas de cura que alardeiam em seus entes mais próximos?

Soube da existência de mãe e filha que são terapeuticas e aplicam-se mutuamente a massagem tântrica. Está aí uma demonstração de que elas podem, de fato, encarar a questão do modo como apregoam.

Mas seriam elas exceção? Minha dúvida é sincera diante de minha plena ignorância quanto ao modo como os praticantes, de fato, encaram a questão.