sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Incontinenti

Era um homem experiente
Contemplando o sol poente
E não mais que de repente
Constatou inconsequente
Que não estava doente
Nem delirando ou inconsciente
Quando viu em sua frente
Uma dama reluzente
Com sorriso inocente
E perfume entorpecente
Lembrou-se do passado e esqueceu-se do presente
A moçoila, sua parente
Quando era adolescente
Num vestido transparente
Deu-lhe mais que um beijo ardente
Que lhe fez sentir vivente
O seu falo então dormente

Cá estava ela novamente
Com seu charme irreverente
E olhar impertinente
O que ela tinha em mente
Decidida firmemente
Fez tornar-lhe incandecente
E uma ereção displicente
Inapropriadamente
Surgiu subitamente
Em suas calças de tenente
Sempre há quem desmente
Mas o rumor recorrente
É que de modo incontinenti
O casal alegremente
Cedeu ao sangue quente
E ali mesmo, minha gente
Saciou ferozmente
Sem pudor algum jacente
A libido efervescente

3 comentários: