quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Alcool: droga lícita mas fatal!

Há tempos eu discuto com amigos sobre a ignorância da sociedade quanto às drogas.

É justamente essa ignorância que leva a uma diabólica incoerência: socialmente não toleramos e até punimos quem faz uso de substâncias menos perigosas mas aceitamos e até estimulamos o uso de outras extremamente nocivas e não raramente fatais.

O mundo conheceu a ascensão e queda de uma diva da música britânica: Amy Winehouse.

Ela era uma dependente química declarada e sua relação com os narcóticos ajudou a turbinar sua carreira: em suas músicas do último album o tema central era justamente esse.
A moça tinha 27 anos quando morreu e usava drogas desde a puberdade. Usou de tudo: maconha, cocaína, crack, heroína, LSD e....ALCOOL!

Quando a diva morreu todo o mundo estava certo de que a fato foi causado por abuso de drogas, mas seus familiares e namorado esclareceram que ela "estava longe das drogas" há dois ou três anos.
 
Estava limpa!
Então, a jovem talentosa morreu de que?
 
Ontem a necrópsia esclareceu que ela sofreu uma "morte acidental" após consumir uma quantidade de álcool mais de cinco vezes superior à taxa permitida para dirigir na Inglaterra.

Segundo o site do canal "E!", um policial que foi chamado ao apartamento de Amy no dia da morte da cantora, em 23 de julho, teria encontrado em seu quarto três garrafas vazias de vodca (duas grandes e uma pequena).

Curiosamente, os exames toxicológicos complementares realizados em agosto revelaram a presença de álcool, "mas não de drogas", segundo foi divulgado!

Agora, eu pergunto: e alcool não é droga?

É justamente esse o erro que a sociedade comete frequentemente, o de não encarar alcool como droga. Os familiares da Amy disseram que ela estava afastada das drogas mas consumia alcool e foi justamente ele que matou a moça.

Isso é importante que se saiba, que se entenda, que se foque: vamos continuar numa campanha cega contra diversas drogas menos nocivas mas vamos deixar o alcool rolando solto por aí, como se fosse algo inócuo, enquanto ele continua a ceifar vidas e mais vidas?

Acho que o assunto merece uma reflexão.

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