Eu faço parte daquele grupo que apóia a conquista e o respeito aos direitos civis de homossexuais.
Não se trata de eu ser um simpatizante de qualquer gênero.
Se trata de simples coerência social e jurídica: se ninguém pode ser vítima de preconceito por seu sexo e sua condição, se é um dever do Estado tratar de extirpar as desigualdades sociais e promover a justiça, ora, então é preciso reconhecer que então cidadão, qualquer pessoa - independetemente de sua orientação sexual - deve ser respeitado.
Uma vez que vivemos num estado democrático de direito, numa situação em que o governo é exercido pelo povo e para o povo e todo cidadão é parte do povo, não se pode atribuir a essas pessoas deveres e negar-lhes direitos.
Quem quer casar e ser feliz, indepententemente de sua condição sexual, deve ser respeitado e franqueado o casamento seja ele hetero ou homo.
Deve ser punida severamente a violência contra pessoas de orientações sexuais diversas da dominante.
Deve ser ensinado o respeito nas escolas, nos lares e nos ambientes político-sociais, assim como é pregado o respeito à liberdade religiosa, de associação, de trabalho e etc.
Pois bem, disse tudo isso porque hoje vi uma notícia que me chamou a atenção: Léo Aquila é um desses tipos que fazem fama em programas de TV explorando sua própria figura que se propõe caricata, subversiva e, ao mesmo tempo, engajada com a causa GLBT.
Ele nasceu do sexo masculino mas revela-se homossexual.
Não é, contudo, um gay com aparência masculina como Leão Lobo, nem é um crossdresser como o Laerte, ou um simples Drag Queen como a Izabelita dos Patins!
Ele é um transexual!
Não fez vaginoplastia como a Ariadna mas exibe implantes de silicone nos seios, transplante capilar e feminilização do rosto, adição de gordura nas nadegas, lipoaspiração e usa voz feminina.
Seria de se esperar que ele, então, se apresentasse como mulher ou, minimamente, adotasse um nome social feminino como fazem os travestis.
No caso do Léo. ao que consta, ele faz questão de ser identificado pelo gênero masculino, com seu codinome masculino e assim se apresentou, como um ser híbrido menino/menina, naquele programa A FAZENDA gerando polêmica entre os representantes da causa GLBT.
Mais curioso é que ele se refere a si mesmo no feminino: "casada", "dolorida" e assim vai.
Dizem que ele enfraquece a causa GLBT. Sei lá...desde que compreendi que cada pessoa tem sua orientação sexual e de que as pessoas são muuuuuiiiittttooooo complicadas, aprendi também que causa nenhuma pode interferir na condição do indivíduo, sob pena de tiranizá-lo com rótulos contra os quais se luta, sob pena de cercear a liberdade que tanto se reivindica nessas "causas".
Se ele quer ser identificado como homem ou como um menino/menina ou como transgênero ou como marciano o propblema é dele.
Se transformar o seu corpo masculino para uma estética mais feminina, o problema é de quem? Dele e somente dele.
Causa nenhuma está acima disso.
O problema vai ser usar o banheiro público....Laerte que o diga.
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