De tempos em tempos falamos sobre como "o mundo está ultimamente", sobre a falta de respeito dos jovens para com os velhos, sobre a violência "nos dias de hoje", sobre a falta de ética em diversas profissões e por aí vai.
Sempre que possível eu citarei aqui um ou outro escrito de personagens históricos famosos para ilustrar como o mundo muda pouco ou nada, não importem quantos anos tenham transcorrido.
A falácia da evolução humana (não no nível tecnológico, mas moral) está bem representada em diversos livros e anotações de filósofos, por exemplo.É da leitura que se extrai a convicção de que o ser humano e tudo que está ao ser redor é hoje como foi ontem e suas mazelas morais continuam tal qual nossos longinquos antepassados já assistiam.
Dessa vez vou citar umas anotações de Schopenhauer sobre a imprensa,mais precisamente os jornalistas:
"Uma grande quantidade de escritores ruins vive unicamente da estultice do público, que só quer ler o que foi impresso no mesmo dia: os jornalistas. Sua designação vem bem a calhar! Em alemão, deveriam se chamar ´Tagelöhner` (diaristas).
O exagero de toda a espécie é para eles essencialquanto para a arte dramática: com efeito, trata-se de extrair o máximo possível de todo incidente. Devido à profissão, todos os jornalistas são também alarmistas: este é o seu modo de se tornarem interessantes. No entant, mediante tal expediente acabam por se igualar aos cãezinhos que, tão logo percebem algum movimento, põem-se a ladrar frtemente. Sendo assim, é preciso dar aos seus sinais de alerta aenas a atenção necessária para não prejudicar a própria digestão."
Esse trecho foi extraido do livro: "A arte de insultar". É uma obra póstuma, resultado do compêndio de anotações ácidas feitas pelo filósfo em seus livros mas que dá conta de que desde os séculos 18 e 19 já se podia ver os defeitos que a imprensa hoje apresenta.
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