Conheço outros muito elegantes, verdadeiros "gentlemen", que fazem tudo pela conquista e pela aparência até que se chegue onde se quer (que é levar a mulher para a cama e nada mais).
Conheço outros que são genuinamente dedicados, que prestam atenção na mulher como ser humano e não como se fosse uma carne no açougue, se dedicam a elas e são "parceiros" nota 10 (para nós homens ele é nota 10 porque mulher alguma dá essa nota ao próprio parceiro, pode até dar para o marido da outra mas nunca para o próprio).
A par disso, minha experiência profissional me conduz a ver as coisas de modo muito peculiar.
Faço separações e divórcios igual água e uma coisa em comum eu notei: homens que não valorizam as mulheres como elas gostariam - seja no primeiro, no segundo ou no 1.920 encontro - terminam numa separação em que a mulher segue ajoelhada em seu encalço. Nenhum prejuízo para ele e ponto.
Reparei, ainda, que os homens sempre atentos a essa etiqueta de boa conduta e que são genuinamente bons são "espancados" ao longo da relação e destruídos na separação. Acabam ajoelhados e com um dor daquelas no bolso.
Já os gentlemen que citei, fazem de tudo para encerrar o assunto sem maiores transtornos para cada lado mas, na ponta do lápis, eles perdem muuuuiiiiitooooo dinheiro apenas para amenizar as perdas emocionais. Mas são pragmáticos: assim como compraram as conciências femininas com sua gentileza travestida de genuína preocupação, compram a própria paz com concessões e assunção de gastos.
O panorama geral me fez chegar a algumas conclusões:
a) de que muitas mulheres se sentem verdadeiras preciosidades, como se os parceiros devessem agir diante delas e para elas como se fossem divas, rainhas ou algo raro como elas, de fato, pensam ser.
Faz sentido isso? Do ponto de vista delas faz mas: e do ponto de vista masculino? Nenhum!
b) de que quando é o homem quem se coloca nessa posição de preciosidade e passa a exigir das mulheres essa atenção especial para a etiqueta de "Como viver ao meu lado", a vida fica mais fácil para ele.
Numa análise fria e objetiva, não é o homem quem precisa se preocupar se envelhecerá só: é a mulher.
Um desses amigos "gentlemen" (que sempre se relaciona com mulheres mais novas) disse à boca pequena e entre amigos uma jocosidade: "Mulher não envelhece, mulher apodrece."
Frase cruel!
Mas pode ser verdadeira: afinal o cara tem cinquenta e tantos anos, ainda jovem portanto, mas com cara de cinquentão e sua mulher atual tem 40 anos.
Outro amigo tem 60 e uma mulher de 35. Ele pinta e borda, faz e acontece, careca e barrigudo mas endinheirado....Um clichê ambulante.
Ambas, noutros tempos e quando mais novas, exigiam homens com outros perfis.
Mas só a idéia de que suas amigas cinquentonas, mesmo as mais apreciáveis, inteligentes e bem sucedidas estão solteiras, solitárias e com companhias incertas já basta para imaginar o futuro melancólico que vem por aí. Então elas se ajoelham diante da realidade.
Não é à toa que há pesquisas que demonstram: homens envelhecem mais felizes que as mulheres (e talvez morram cedo para não ter que encará-las por tanto tempo...rsrsrs).
O fato é que homens em geral, até os mais estropiados, têm sempre uma companhia feminina: ele pode ser chato, feio, pobre, gordo e sempre haverá uma mulher ao seu lado (às vezes até mais do que uma). Homens não se preocupam se vão casar porque sabem que isso é certo caso queiram e não importa com quantos anos estejam. Homens podem ser pais a qualquer tempo. Homens têm amantes e a sociedade ainda aplaude.
C´est la vie...
Lembrei de um texto que escrevi algum tempo atras:
ResponderExcluirhttp://fullutilidade.blogspot.com/2010/05/o-bom-canalha.html
Gostei muito do seu texto. Inteligente e objetivo. Sagaz...como os textos que vc faz.
ResponderExcluirAchei esse texto muito interessante, embora um tantinho assustador.
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