quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Mundos paralelos

Há quem acredite na possibilidade de se prever o futuro ou de se falar com os mortos. Há quem acredite em reencarnação e por aí vai.

Eu sou daqueles que acredita que a morte encerra a sua existência e ponto final.

Mas eu devo admitir que ainda me incomoda o fato de não saber explicar ao certo como pessoas têm visões de "espíritos" de gente com as quais nunca tiveram contato. Ou mesmo de "falar" com esses espíritos ou de saber coisas que do passado ou do futuro da vida de alguém.
Entretido com esses pensamentos, passei a tentar encontrar na física teórica a possibilidade de alguma explicação razoável.

Tem gente que acredita que estou fazendo uma miscelânia sem cabimento entre religião e física. Eu não! Eu creio que a ciência nos aproxima da verdade, do conhecimento da natureza e, por consequência, desses fenômenos que por vezes creditamos a questões religiosas.

A Navalha de Occam, por exemplo, é usada tanto por cientistas quanto por religiosos para provar seu ponto de vista e nenhum deles têm pudor na miscelânia, então porque eu teria?

Pois bem, na tentativa de entender esses fenômenos ando lendo alguma coisa na internet sobre mecânica quântica mas mais precisamente sobre:
a) buraco da minhoca;
b) teoria das cordas;
c) teoria dos Muitos Mundos;
d) interpretação de Copenhague para a física quântica e lá vamos nós...

Depois que eu me acostumar mais aos assuntos aí me aventurarei a ler algo mais profundo (já fiz o inverso e desisti).

Estudar sobre universos paralelos, viagem no tempo, desconsideração do tempo como movimento coerente, linear mas, pelo contrário, por movimentos em pulos e sobressaltos, existindo não como uma linha mas como ramos tão numerosos quanto o número de conseqüências para todas as ações que já existiram e por aí vai pode, eventualmente, explicar alguns fenômenos "espiritas" (além de destruir aquela idéia de que para cada ação corresponde uma única reação).

E penso nisso a partir de uma simples reflexão: algumas pessoas têm contato visual com gente morta, assim chamados de espíritos. 

Ora, muita gente diz que vê ou que viu, mas não são todas as pessoas que têm essa experiência. Se de um lado há quem duvide dessas experiências ou da veracidade delas, de outro lado há quem veja algo de religioso nisso.

Por outro lado, também são muitas as pessoas que têm experiências olfativas profundas como aqueles que reconhecem todas as notas de um perfume ou gustativas como aqueles que reconhecem as características e sabores de vinhos, cafés e comidas. Não passam de pessoas dotadas de sensibildiade gustativa ou olfativa além da média. 

Assim como os videntes, os experts em perfumes e vinhos são uma minoria com seus sentidos muito sensíveis e desenvolvidos que lhes permitem ver e/ou sentir aquilo que a maior parte de nós jamais terá o prazer de vivenciar. 

Mas o interessante é que ninguém duvida de um sommelier ou de um perfumista, assim como ninguém credita seus dons a uma determinada religiosidade. Mas com os médiuns, ahhhh é bem diferente.

E para tornar minha explicação mais fácil, faço aqui uma referência a uma experiência que todos nós temos: a de ver estrelas brilhando nos céus!

Oras, qualquer pessoa pode ver uma estrela brilhando no céu? Não, cegos e defeicientes visuais não conseguem ver.

Logo, sabemos que é preciso um sentido (o da visão) com acuidade suficiente para tanto.

Todavia, esse sentido nos permite ver de fato a estrela? Não, o que vemos é apenas o brilho da estrela que, inclusive, por vezes, está morta!

Isso é física! 

Sendo assim, se podemos ver o brilho de uma estrela que não mais existe sem que isso implique numa experiência religiosa, o que nos impede de ver o brilho de uma pessoa morta (e que chamamos de espírito) sem que isso seja mais do que a manifestação física da luz percebida por alguém dotado de sensibilidade visual além da média?


2 comentários:

  1. O espiritismo é uma ciência... não há como separar... não se trata de religiosidade, só ciência...
    Achei uma fonte pra vc: http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2661&catid=81

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  2. Há alguns anos tive que ler o LIVRO DOS ESPÍRITOS (disponível aqui em PDF: www.espirito.org.br/portal/download/pdf/les/o-livro-dos-espiritos.pdf)

    Nele há uma expressa menção do criador da doutrina espírita, Allan Kardec (que era professor e bacharel em Ciências e Letras), negando a ligação entre ciência e a doutrina espírita:
    "As ciências gerais se apóiam nas propriedades da matéria, que pode ser manipulada e experimentada à vontade; os fenômenos espíritas se fundamentam na ação das inteligências que têm vontade própria e nos provam a cada instante que não estão à disposição dos nossos caprichos... A ciência propriamente dita, como ciência, é incompetente para pronunciar-se na questão do Espiritismo; ela não tem que se ocupar com isso, e qualquer que seja seu julgamento, favorável ou não, não tem nenhuma importância. O Espiritismo pode vir a ser uma convicção pessoal que os sábios possam ter como indivíduos, sem considerar a sua qualidade de sábios, isto é, a sua especialização e o seu saber científico...Vemos, portanto, que o Espiritismo não é da competência da ciência."

    Em suma apertada, a ciência busca em experimentos empíricos e/ou matemáticos demonstrar a causa e a natureza de fenômenos observados, utilizando-se de métodos de pesquisa, avaliação e observação possíveis de serem reproduzidos por quaisquer pessoas, a qualquer momento e em qualquer lugar que tenha condições para repetir o fenômeno o que não ocorre em hipótese alguma com os fenômenos observados por Prof. Rivail (Kardec).

    Logo, por mais que se esforcem os defensores da doutrina espírita como ciência, nem mesmo o Professor Rivail concordava com isso.

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