segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ser feliz ou ter razão?

Estou viciado em HOUSE, aquele seriado em que um médico dependente químico, arrogante, rude, rústico, charmoso, habilidoso, engraçado e muito sarcástico é o personagem principal.

Além das tramas paralelas os personagens da série vivem em crises profissionais e pessoais, chocando-se entre si e - quase sempre - sendo fustigados por HOUSE que na maior parte das vezes tem razão em seus diagnósticos médicos e humanos.

Para ele, o ser humano é o que é: nem bom e nem mau. É um ser anaimal com carcterísticas próprias e bem distintas, dentre as quais algumas pouco louváveis como mentir, trapacear, trair, dissimular, invejar e por aí vai. Mas ele é o melhor exemplo de que o ser humano pode ser tão leviano quanto generoso.
A relação entre ele e os demais personagens da série é sempre tumultuada, repleta de embates profissionais e pessoais quase sempre oribitando em torno de quem tem "razão".

HOUSE é um personagem invasivo e grosseiro que com posturas politicamente incorretas e comentários ácidos consegue atrair para si a unanimidade de seus parceiros quanto a sua genialidade e quanto a sua infelicidade!

Sua sinceridade é voraz e incomoda, tornando-o uma pessoa antipática e anti-social.

House não tem vergonha de lutar para demonstrar que está (ou estava) certo, ou seja, que tinha razão. Isso o faz feliz...

Julgam-no com um infeliz porque toda a sua conduta parece ser impessoal em relação aos pacientes, colegas de trabalho, namoradas e tal. Julgam-no infeliz por acreditarem que sua genialidade esconde um monstro insensível preocupado apenas com seu ego. Julgam-no infeliz porque, acima de tudo, ele quer ter razão e na maior parte das vezes ele a tem.

Mas ele é feliz a sua moda, ele é sensível a sua moda e seu carisma decorre disso: dessa luta constante por fazer o melhor, mesmo que vez por outra tenha atitudes irracionais e desprezíveis.

Por isso é que ele conquista o público: mais humano, impossível.

Ter razão não se opõe a ser feliz e vice-versa. E o personagem dele, mesmo caricaturado, mostra isso.

Eu mesmo, até ouvir a pergunta do título desse post, jamais havia pensado que alguém poderia considerar que uma opção exclui a outra...porque, de fato, não se excluem.

Um comentário:

  1. Gostei do charmoso.. rsrsrs
    Ele é uma figura que busca explicação para tudo, a morte simples não é resposta. é incansável na busca das soluções, a sua vida gira em torno do seu trabalho, não consegue se relacionar com as pessoas. A sua forma ácida de ser afasta as pessoas ao seu redor. As vezes me pergunto: Ele é feliz? A sua felicidade esta baseada na satisfação do seu trabalho somente?

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