Muito se fala da condição da mulher moderna ser, ainda, bastante pouco privilegiada se considerada a suposta hegemonia masculina em diversas atividades sociais e profissionais.
Fala-se, ainda, de como a mulher é segregada a caminho da ascensão profissional e como seus salários, ainda, são menores que os dos homens.
Em 2006, editou-se uma lei (lei Maria da Penha) que endurece as providências judiciais contra agressores domésticos. Recentemente nova lei foi promulgada, dessa vez para assegurar à grávida solteira o direito a receber alimentos do suposto pai, mesmo sem provas da paternidade, durante a gestação. São os chamados "alimentos gravídicos".
Todavia, há demonstrações empíricas e até estatísticas de que a atividade feminina no grupo social é, hoje, extremamente mais forte e ostensiva do que no passado.
Sabe-se que o berço da sociedade é o núcle familiar. Nele são cultivados os valores de um grupo social. Entre os romanos e os gregos a mulher ocupava papel secundário, sendo apenas procriadora e sem status de cidadã. Pelo casamento a mulher passava a integrar a família do marido e se desprendia da sua própria. Até a religião da mulher era a mesma professada pelo marido, ou seja, com adoração, libações e orações dedicadas aos antepassados da família do marido, desligando-se, portanto, de suas próprias raízes. Ao casarem-se o marido tomava a mulher em seus braços e a levava consigo para o interior da casa onde iriam morar, numa atitude que sinalizava que dali por diante ele manteria a mulher que, por seu turno, seria a ele submissa.
Contemporaneamente a situação é bem outra.
No lar: È sabido que as mulheres estão mais próximas de suas famílias do que das famílias dos maridos. O papel da mulher como provedora do lar (só ou em conjunto com o marido) é imprescindível na maioria das famílias ao redor do mundo. Sua autonomia é tão grande que mais de 80% das separações e divórcios tem a mulher como a postulante. Mesmo em países como o Irã é possível se ver o reflexo dessa autonomia cada vez mais crescente.
Sexualmente: A liberdade sexual pela qual mulheres nos anos 60/70 se movimentaram mostra seus efeitos (nem sempre tão positivos) nos dias de hoje. Em vários lugares do mundo estudos incidam que mulheres e homens são equivalentes em infidelidade. Cerca de 50% dos homens traem seus parceiros contra cerca de 46% das mulheres. A internet é rica em filmes e fotos caseiros, não raramente obtidos com ciência e consentimento de mulheres acima de quaisquer suspeitas, sejam solteiras ou casadas (de idades diversas), nas quais são flagradas se divertindo sexualmente com mais de um parceiro simultaneamente e fazendo atos antes jamais pensados para "moças de família" (como se dizia no passado). Vira e mexe os jornais noticiam coisas dessa natureza que acabam nos tribunais.
Na Política: Como diria nosso Presidente Lula "nunca antes na história desse país" se viu tantas mulheres concorrendo a cargos políticos, seja para o parlamento seja para o executivo. Isso não só no Brasil. O fenômeno é mundial.
Não é à toa que também muitas mulheres são presas por tráfico de drogas, homicídios, corrupção e por aí vai.
Isso demonstra que a emancipação feminina é um fato irreversível e que é indiscutível que atualmente as mulheres não são mais objetos sexuais como no passado ou empregadas do lar.
Mesmo as que não são executivas têm consciência de sua condição.
Num mundo como o nosso, faz sentido permitir-se esses alimentos gravidicos, pondo em risco - de modo até irreversível - que algum homem pague os alimentos de filhos que não são seus justamente por não poder fazer prova disso no momento da gestação???
Achei este comentário pontual e interessante, na realidade nós mulheres cada vez mais buscamos o nosso espaço seja na família, no meio social e profissional. E isto está relacionado diretamente ao importante papel que a mulher tem hoje na sociedade e também para o equilibrio deste meio, através de forma financeira e emocional.
ResponderExcluirMarta Traldi
A sociedade ainda funciona dentro de padrões excessivamente masculinos. São os homens que fazem as leis e as regras. Logo, tendem a ser protecionistas(é o nosso instinto).
ResponderExcluirDaqui há uns 50 anos, as mulheres governarão o mundo, e nós também precisaremos de leis para a nossa proteção.
Tudo isso porque, fazer leis, e advogar por elas, é um enorme negócio para todos os envolvidos.
Negócio? Não creio.
ResponderExcluirpor mais que nos esforcemos por esta igualdade de direitos, ainda somos severamente repreendida por nossas atitudes
ResponderExcluirse uma mulher, p.ex., ao transar com seu parceiro, abrir a bolsa e lhe mostrar uma camisinha, já passa a ser vista por outros olhos...
liberdade disso, liberdade daquilo, direitos garantidos ou não... ainda somos discriminadas
excelente texto
qto à legitimação de paternidade: o exame de DNA resolveria esta questão, ainda na gravidez, mas até que o juiz se pronuncie... sim, a pensão é paga
em juízo se trabalha com o benefício da dúvida, a favor do réu, claro, embora nem sempre isso nos pareça coerente, mas assim caminha a humanidade
:)
loira burra, cara pálida?!
ResponderExcluir*repreendidas!
Acho que essa questão faz parte da forma como pensamos, hierarquicamente, enquanto pensarmos assim acontecerá isso. Como o comentado pelo Flavio, logo teremos leis que protegerão os homens. É assim um domina o outro, e ainda estamos sendo (pensando no todo) dominadas, mas é questão de tempo para dominarmos.
ResponderExcluirOutro ponto que concordo como Flavio, que lei é negócio, tanto que temos "lobbies".
bj