Em um mundo justo, a britânica Erin Prizzey, que fundou o primeiro abrigo para mulheres vítimas de violência doméstica em 1971,
 seria uma especialista respeitada quando o assunto é violência 
doméstica. Mas no mundo real, infelizmente, só o nome Prizzey causa nojo
 por sua heresias politicamente incorretas.
O crime dela? Sendo uma humanista, ela 
desafiou o dogma das feministas radicais que colonizaram seus abrigos e 
 praticamente a expulsaram a ponta pés. O mantra ideológico destas 
feministas, ainda muito vivo, impõe que somente os homens são os 
culpados em casos de violência doméstica, enquanto mulheres são meras 
vítimas indefesas que podem até reagir, mas apenas em defesa própria. Mas
 Prizzey sabia, tanto por experiência própria (seus pais que faziam 
parte da alta sociedade eram mutualmente agressivos, com a mãe de Erin 
chegando a agredi-la) quanto pelos relatos que as mulheres que ela 
abrigava contava, a grande maioria dos casos de violência doméstica são 
recíprocos.
Colocar as mulheres como uma das
 responsáveis pela violência doméstica deixaram as feministas tão 
furiosas que fez com que Prizzey tivesse seu cachorro morto e que 
ameaças de morte fossem enviadas a todos os seus parentes. 
Mesmo assim, ela continuou sua cruzada pelos Estados Unidos para mostrar
 que a violência doméstica é um problema dos dois gêneros, publicando um
 grande número de livros e artigos sobre o tema.
Extremamente emblemática, a história de Erin Prizzey é um dos maiores exemplos da hostilidade que as pessoas que vão contra o senso comum imposto pelas feministas podem sofrer.
Outra coisa impressionante, o professor de psicologia da Univerisade de Columbia Don Dutton,
 é conhecido por seus pares como um especialista em violência doméstica.
 Ele provou, com mais e mais fatos – com sua obra mais recente sobre o 
assunto sendo o livro “Rethinking Domestic Violence” de 2006 – que a
 tendência de praticar violência contra o parceiro é bilateral e está 
ligado com disfunções individuais: homens e mulheres com alguma desordem
 de personalidade e/ou histórico de violência familiar tem chances 
iguais de praticarem violência, ou de procurar por parceiros violentos.
Mas toda a bagagem intelectual e os 25 
anos de pesquisas neste assunto que Dutton possuí não foram suficientes 
para convencer os políticos que criam as leis de violência doméstica, 
nem sequer um deles pediu algum conselho.
Ao contrário, pseudo-ciências que 
absolvem mulheres com impulsos violentos, que são feitas por demanda de 
grupos de interesse que fazem parte do mesmo grupelho ideológico 
feminista, são usados para treinar a polícia, influenciar as decisões de
 julgamentos e ditam como assistentes sociais e empregados de abrigos 
para mulheres devem agir.
A mídia preguiçosa e politicamente 
correta espalha com afinco bobagens feitas por palpiteiros sem a mínima 
formação, que entopem a população com dados tendenciosos e não 
conectados à realidade.
Ah, os abrigos femininos! A residente do
 sul de Ontário Mariel Davison nos oferece uma história incrível quando 
uma boa ação imparcial colide com o pensamento dominante dos abrigos 
femininos.
Davison tem formação em 
psicologia. Alguns anos trás, ela se considerava uma “feminista que 
lutava pelos direitos iguais”, e se voluntariou para ajudar em um abrigo
 feminino local. Durante oito semanas de “treinamento”, Davison teve que
 aturar infindáveis sessões de discursos misândricos e pseudo-ciência. 
Isto, e a grande incongruência da “mulher sempre ser vítima” sendo que 
lésbicas também procuravam o abrigo – a violência doméstica entre lésbicas é um tabu entre as funcionárias do abrigo – levam a certas perguntas.
Davison pensou que sua excelente formação seria de grande ajuda, mas pelo contrário, ela era ignorada por suas colegas: “me era dito que eu tinha conhecimento demais para ser voluntária do abrigo.”
Incrédula, Davison obstinadamente 
questionava os supervisores do abrigo e até mesmo seus financiadores, 
demandando uma revisão na literatura que instruia as funcionárias, mas 
era simplesmente ignorada. Nada surtiu efeito.
E nada parece que vai melhorar, pelo 
menos se a tendência se mantiver, já que a indústria da violência 
doméstica é um grupinho fechado, desde os cursos de Estudos Femininos 
(não queria achar algum estudo feito por Prizzey ou Dutton, ou algo 
relacionado aos homens, porque não será encontrado nada), para abrigos 
femininos, o estatus da mulher, o Conselho Judicial Nacional e até a 
Suprema Corte do Canadá. Todos eles seguem a mesma cartilha ideológica.
Erin Prizzey e Don Dutton foram ambos 
palestrantes numa conferência em Sacramento, Califórnia, que foi 
patrocinada por um grupo independete, o Centro Nacional de Recursos da 
legislação sobre a violência familiar (seu lema: “Advogando por 
políticas baseadas em ideais não discriminatórios e em evidências”).
Prizzey afirmou para sua audiência que, 
quando o assunto é política de gêneros, “o Canadá é o país mais 
assutador do planeta”. Assutador para os homens que sofrem com a 
injustiça, certamente, mas não para os outros canadenses que ainda não 
cairam nas garras deste sistema, que ainda se mantém indiferentes a 
misandria dominante nas instituições que definem e moldam nossa cultura.

 
Gostei de ler isso, ando meio cansada de blogs "feministas" que transformam mulheres em coitadinhas. Não nego que elas são vitimas de violência, mas violência não enxerga gênero ou idade.
ResponderExcluirbjs
Jussara
Independentemente do sexo, vítimas recorrentes costumam ser autoras de sua própria tragédia.
ResponderExcluirAgora essa coisa de proteger minorias, gêneros e sub-gêneros é um porre.
Sou homem, quase branco, bem de vida, feliz, sem qualquer limitação física observável e ainda não cheguei à terceira idade. Quando é que vão cuidar da minha minoria ?
Jussara, bem colocado.
ResponderExcluirFlávio, kkkkk
Vou indicar teu blog para a Dama de Cinzas porque esse tema é muito bom de ser discutido.
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