terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cegueira


Anoitece sobre os meus olhos
Mas eu
Que tenho por companheira a escuridão
Não nasci cego 
Antes cerrei minha visão
Obscureci meus pensamentos
Por medo de rever minhas razões
E me refugiei na cabana da ignorância
Onde encontrei a luz do "pré" conceito
Que tal qual um candeeiro velho
Ilumina apenas o que desejo ver
Não o todo ao meu redor
É assim
Com a visão tolhida
 E o discernimento claudicante
 Que sigo voluntariamente cego
A percorrer as sendas da vida.

Um comentário:

  1. Muito bonito! A forma tb!
    Acho que todos somos voluntariamente cegos, fica mais fácil!
    beijocas,
    Mari

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