Universidade Presbiteriana Mackenzie, respeitada instituição de ensino, responsável pela orientação de muitos profissionais de ponta, mostra sua verdadeira face!
Não o dourado, mas o lado podre e rançoso da intolerância e do preconceito.
Não o dourado, mas o lado podre e rançoso da intolerância e do preconceito.
Naquilo que intitulou "Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia" procura aquela instituição repudiar o respeito à lei em apreço sob a alegação de que devem respeitar as leis de deus (que no entendimento de seus autores é contrária à homoafetividade) e não seguir o conselho "dos ímpios"
Alega que sendo de "natureza confessional, cristã e reformada" se impele a guiar-se em sua ética pelos valores presbiterianos. Resumindo incita o corpo docente contra a tal lei.
Todavia aquela instituição se esquece de que no mesmo livro sagrado que dizem fundar seus alicerces "éticos" há em ROMANOS 13 - 1/14 expressa recomendação no sentido de que os fiéis, tementes a deus, se sujeite às autoridades superiores porque toda autoridade vem de deus e quem resiste à autoridade resiste a deus.
Referindo-se às leis emanadas das autoridades constituídas assim é preconizado naquele texto bíblico: "Faze o bem, e terás louvor dela (da autoridade); porquanto ela é ministro de Deus para teu bem."
Logo, valores éticos cristãos que estejam divorciados dessa prescrição não podem ser, senão, vazios pois que aquilo que é ético é aquilo que traz a paz e o bem ao grupo social considerado como um todo, sem pregações segregacionistas, sectárias ou intolerantes. É isso, segundo aquele texto extraído do livro sagrado dos cristãos, que deus ordenou e que deve ser seguido.
Noutras palavras: já que aquele líder religioso acredita em liberdade de expressão e liberdade de pensamento, deve ele saber que esses direitos não são ilimitados mas, ao reverso disso, são limitados pelos demais princípios constitucionais superiores (sobre princípios) dentre os quais destaca-se o da dignidade humana, da justiça e da igualdade de todas as pessoas perante a lei (a dos homens, referendada que é pela lei de deus) independentemente de suas condições religiosas, sexuais e etc...
Logo, pregar contra a lei é pregar contra deus. Pregar contra a igualdade de direitos é pregar contra a liberdade individual de modo que qualquer expressão livre de pensamento nesse sentido deve ser punida com rigor porquanto prega a desigualdade e o preconceito.
Imaginemos, agora, alguém que sai por aí pregando contra igualdade de direitos entre ateus e crentes?
Dá no mesmo e, por certo, seria objeto de dura reação social.
Pois é, pregar contra a lei que assegura punição a quem se manifesta contra os direitos dos homossexuais ( e se manifestar contra esses é, em essência, se manifestar contra seus direitos) é intolerância que merece ser esmagada com força e rigor.
Espero que os representantes do Mackenzie sejam processados.
Bela argumentação ... mas há coisas para as quais argumentar já é dar mais importância do que merece.
ResponderExcluirA diferença maior entre a lei dos homens e a lei de Deus (seja ele qual for) é que a dos homens é feita e discutida pelos homens com o objetivo de regular a vida em sociedade. Já a de Deus é feita pelos homens, mas nunca discutida, porque é feita em nome de Deus.
A lei dos homens deve valer para todos os homens.
A lei de Deus deve valer para os que acreditam, não em Deus, mas nos homens que as fizeram.
Há um monte de gente que prega contra a igualdade entre ateus e crentes. Gente da televisão, um certo Datena, prega que só quem "não tem deus no coração" pode cometer tanta barbaridade, que os assassinos crueis são todos ateus.
ResponderExcluirExcelentes argumentações! Do post e dos comentaristas... eu concordo com Flávio!
ResponderExcluirE adorei o anterior tb e os títulos!
legal!
beijocas,
Mari
Não tenho certeza, mas me parece que já voltaram atrás, alegando que o texto foi escrito por um pastor prebisteriano e essa era somente a opinião dele. Conveniente não?
ResponderExcluirabs
Jussara
Nossa..eu quero reproduzir na íntegra o comentário do Flávio! Assino em baixo.
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