segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Política versos Religião

Ontem, publicado no UOL, a CNBB (aquela mesma que num certo evento no Sul do Brasil deu voz a um certo arcebispo o qual - para justificar as atrocidades dos padres - afirmou que a sociedade de hoje é pedófila e indiretamente criticou os direitos outorgados aos homossexuais numa comparação com pedófilos) em nota oficial, parabenizou os vencedores das eleições deste ano e, “de maneira especial”, a petista Dilma Rousseff.

No documento, intitulado “Saudação aos eleitos”, a CNBB (aquela mesma que, até onde se tem conhecimento, não pede punição contra os casos de abusos pelo clero aos fiéis) diz esperar, tanto da presidente quanto dos demais eleitos “fidelidade no cumprimento das promessas apresentadas durante a campanha eleitoral”.

“Pesa sobre os ombros de cada um dos eleitos a responsabilidade de corresponder plenamente às expectativas e à confiança, não só de seus eleitores, mas de toda a Nação brasileira” (sic), diz outro trecho da nota, que também pede que os brasileiros acompanhem de perto os mandatos dos eleitos.

"Cabe, agora, a todos nós, brasileiros e brasileiras, a irrenunciável tarefa de acompanhar os eleitos no exercício de seu mandato, a fim de que não se percam nos caminhos do poder de que foram revestidos".

Já que a CNBB meteu deus na lambança política com o tema do aborto e atraiu os candidatos para a Igreja apenas para arrecadar votos, fico me indagando, por exemplo, por que ela não explicou aos seus fiéis que as tais promessas deveriam constar de um "programa de governo" registrado junto ao TSE e que não votassem em quem não as tivesse apresentado uma vez que, do contrário, não teriam o que cobrar do eleito?

Exemplo: o ex-candidato José Serra (apoiado veladamente pela Igreja e pela imprensa de direita) não se dignou apresentar suas propostas formalmente junto ao TSE porque, de fato, não tinha um programa de governo.

Já a Dilma até apresentou mas os especialistas dizem que sua proposta é ampla e aberta demais, geral demais.

Aquela merda de sempre...

Se para político "promessa é dúvida" e nem no que está escrito se pode confiar, não seria o papel da CNBB, que vive se metendo nas questões políticas desse país a pretexto de representar os anseios de seus fiéis, elucidar aos que representa que não se poderia cobrar muita coisa de quem jamais se comprometeu formalmente com algo?

Isso, que é importante, eles não fazem!

Deveriam parar de interferir num Estado laico...deveríamos dar um basta a essa interferência nociva e alienante.

2 comentários:

  1. Amei, amei, amei. Vivemos em um estado laico e a igreja não deveria se meter em plano de governo de partido. Isso é mesmo fim.
    Beijos


    Irma

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  2. A.Marco, assim como a Irma concordo plenamente com vc, principalmente poque são mesmo super ultra mega preconceituosos não somentes os comentários mas também as interferências.
    beijocas,
    Mari

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