terça-feira, 16 de novembro de 2010

Em nome de Deus



 
Um julgamento acompanhado com grande interesse nos Estados Unidos está revelando detalhes do caso de um mórmon de 57 anos acusado de ter sequestrado, estuprado e mantido em cativeiro por nove meses uma menina de 14 anos.O caso chocou o país, em parte pelo fato de o réu, David Mitchell, alegar ter agido sob ordens de Deus.

O crime ocorreu há mais de oito anos. Elizabeth Smart, hoje com 23 anos, também mórmon, contou à corte distrital de Salt Lake City, em Utah, que foi acordada por Mitchell em seu quarto na noite de 4 de junho de 2002."Tenho uma faca (apontada ao) seu pescoço. Não faça nenhum barulho. Saia da cama ou eu mato você e sua família", disse Mitchell, segundo transcrição do relato de Smart ao júri. Ela contou que foi levada de sua casa para uma região montanhosa perto de Salt Lake City e, depois, para acampamentos improvisados em diversos Estados dos EUA com Mitchell e a mulher dele, Wanda Barzee.

No primeiro dia, segundo relato da vítima, Mitchell disse a Smart que ela passaria a ser uma de suas esposas; a menina foi então estuprada e presa a uma árvore pelo tornozelo. Mitchell alegava que era um profeta cumprindo uma profecia divina, segundo a qual ele deveria buscar jovens meninas e se casar com elas."Ele disse que eu era muito sortuda e que eu estava sendo salva do mundo, que eu tinha sido salva por Deus", contou Smart.Segundo o jornal Salt Lake Tribune, o promotor afirmou na corte que ela foi vítima de estupros quase diários durante os nove meses de cativeiro e forçada a beber álcool e a fumar maconha.

Fontes: http://tvpeloespectador.blogspot.com/2010/11/profeta-mormon-e-acusado-de-sequestro-e.html





12 comentários:

  1. Espero sinceramente que ele apodreça na prisão!
    beijocas,
    Mari

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  2. Cada um concebe deus a sua imagem e semelhança ..

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  3. Cadeira elétrica para esse monstro......

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  4. Adorei o coment'rio da Mari e endosso. Jisuis!

    Irma

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  5. Existe um sem-número de pessoas que dizem "ouvir vozes". Quase todas elas são perigosas. Isto se chama esquizofrenia. O problema é que algumas delas dizem que a voz é de deus. O problema maior é que existem pessoas que acreditam nesses esquizofrênicos. E os seguem, mesmo que cometam atrocidades como estas.

    Mas o maior de todos os problemas é que alguns destes esquizofrênicos são respeitados na sociedade que, de modo geral, os leva a sério. São chefes de instituições poderosas que seguem a tal "voz" e que (quase) todos acreditam ser uma expressão da "V"erdade e a livros "sagrados" que dizem o que é, sem que haja nenhuma comprovação a não ser a "fé". "Fé" em nome da qual morreram muitos. E continuam morrendo. E tal carnificina somente acabará quando o ser humano finalmente matar a "voz" que está dentro de si, não no céu, no cosmos, no universo. Ao menos a carnificina em nome do tal ser imaginado pelo homem que o molda a sua imagem, como bem disse o amigo Flavio.

    "O homem só será livre quando o último déspota for estrangulado com as entranhas do último padre" (Denis Diderot).

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  6. Ah, e antes que MP ou outro órgão venham protestar contra minha citação, digo que não prego coisa nenhuma, a citação é do Iluminista francês e é simbólica apenas.

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  7. Em toda a história da humaninade Deus se tornou o reponsável por destruição e matanças. Seria mais coerente responsabilizar o diabo.
    Abraços

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  8. Numa análise mais aprofundada da idéia de responsabilização, não sei não: se deus criou o diabo e - mesmo sendo o onipotente - permite que ele atue o coerente é que ele continue sendo responsabilizado.

    Afinal, quem cria algo nefasto e, tendo a possibilidade de exterminá-lo não o faz, tem culpa e responsabilidade.

    Mas, na verdade, esse tipo de reflexão só é útil quando se admite a existência de um e/ou de outro ser. Para quem não acredita que existam a responsabilização está esvaziada.

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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  10. Para quem fez Direito o raciocínio é bem direto. Deus fabricou o homem e sabia que ele faria tantas atrocidades. Não que "teria a possibilidade de fazer"; para tal ser haveria apenas certezas (que vida chata!) em virtude de sua onisciência. Mais do que isto, o homem teria sido criado - ao menos alguns - para cometer as atrocidades. Ou só o que é bom seria criado por deus? Deste modo, tal ser teria, sim, culpa "in eligendo".

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  11. Ah, Marcos, tal reflexão tem sentido para os ateus, sim, para a realização da prova pelo absurdo. Mesmo que deus existisse ele não seria bonzinho como as religiões anunciam...

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  12. Ele que escute a voz do capeta lá no inferno.
    Mas não desejo que a morte dele seja rápida não porque assisto direto jogos mortais.
    Quero que sofra.

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