A palavra "flush", em inglês, tem diversos significados: rubor, descarga de aparelho sanitário, acesso de febre ou de calor, dentre outros.
Aqui pretendo tratar de assuntos que fazem ruborizar alguns ou que causam calor a outros mas que, definitivamente, não são reflexões que pretendo jogar descarga abaixo.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Ainda plástico
Para não ir para o esgoto, rio, mar, lixão, podemos reutilizar.
Plástico é um tema que está intimamente ligado aos costumes. Afinal, o plástico revolucionou o mundo e substituiu o papel, a madeira, o metal, a lã e o vidro, dentre outros.
Sua criação não visava o mal, ao revés disso. Foi utilizado para substituir materiais nobres que eram retirados da natureza e a ela devolvidos de modo não sustentável.
Além disso visava a baratear o custo dos produtos e fazê-los chegar à massa que, pelo preço da extração e da confecção de tais produtos, não tinha acesso aos mesmos.
O plástico criou novas utilidades e novos costumes, além de democratizar o acesso a determinados bens de consumo.
Mas ele também tronou-se a mazela da humanidade.
Há tempos postei aqui uma pergunta: qual mulher está disposta a voltar a usar paninhos em substituição ao absorvente íntimo?
Essa pergunta é interessante aqui também porque o que se gasta de material plástico para tais absorventes não esta no gibi...E não são recicláveis!
Vc vê plástico em todos os cantos: de carros a remédios, de roupas a comidas.
Me diga: qual a verdadeira solução para isso? E não me venha com reciclagem!
A solução está efetivamente na mudança de costumes.
Na predisposição - que ninguém tem - de mudar tudo ao seu redor e voltar a se relacionar com papel, vidro, metal e madeira.
A questão da reciclagem é a mesma da criação do etanol para substituir a gasolina: atualmente, graças a tecnologia, a gasolina pode ser menos nociva ao meio ambiente do que o etanol que antes era mais correto do ponto de vista ecológico.
Reciclagem também polui e não é pouco segundo aqueles que melhor entendem do assunto.
E existem outras possibilidades para o plástico (como plástico fotodegradável ou biodegradável -
Mas e por que não se investe na criação de tais plásticos? Porque ele é só 5 vezes mais caro que os convencionais e contraria os interesses de populações inteiras que vivem da geração de subprodutos do petróleo.
Como se vê, a reciclagem é posta como uma panacéia para as questões de sustentabilidade quando, na verdade, é algo muito complexo que passa pela mudança de costumes e pela aceitação de que é caro implementar medidas ecologicamente corretas.
E para tornar isso mais curto, faço minhas as palavras da Aline em seu blog CULTURA DA PALAVRA: http://culturadapalavra.blogspot.com/2009/03/filosofia-da-sustentabilidade.html
Lendo Freakonomics não fica difícil saber que dois problemas a deterem essa tentativa de sustentabilidade são: grana e costumes.
O outro problema é a falta de controle sobre o resultado ambiental daquilo que produzimos, mesmo com a melhor das intenções é possível piorar aquilo que já está ruim. Por exemplo: há pesquisas que apontam que o plástico biodegradável mais utilizado no planeta não é totalmente consumido por bactérias e fungos como se imaginava. Boa parte dele esfarela e gera resíduos (pó) não consumidor pelos microrganismos aumentando a poluição ambiental...
Marcos, Concordo com você, e não acho que seja ácido. Mas dentro da nossa realidade o que podemos fazer para tornar a situação menos pior? Este foi um exemplo. Você mesmo já postou sobre a composagem doméstica, e outros tantos exemplos virão, que nada mais são do que pequenas iniciativas que podem no futuro ajudar na implementação de processos menos poluidores. Creio que pequenas iniciativas podem e devem ser propagadas. Vejam o próximo post.
Fabiane, É bom separar o lixo, mas procure tambem saber para onde ele está indo. Existem indícios de que o lixo reciclável coletado pela prefeitura de São Paulo, por falta de destino certo acaba indo para aterros: http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/10648 . Eu prefiro levar ao Suprmercado Pão de Açúcar uma vez a cada semana pois lá sei que a cooperativa está separando e dando o encaminhamento correto: RECICLAGEM.
Plástico é um tema que está intimamente ligado aos costumes. Afinal, o plástico revolucionou o mundo e substituiu o papel, a madeira, o metal, a lã e o vidro, dentre outros.
ResponderExcluirSua criação não visava o mal, ao revés disso. Foi utilizado para substituir materiais nobres que eram retirados da natureza e a ela devolvidos de modo não sustentável.
Além disso visava a baratear o custo dos produtos e fazê-los chegar à massa que, pelo preço da extração e da confecção de tais produtos, não tinha acesso aos mesmos.
O plástico criou novas utilidades e novos costumes, além de democratizar o acesso a determinados bens de consumo.
Mas ele também tronou-se a mazela da humanidade.
Há tempos postei aqui uma pergunta: qual mulher está disposta a voltar a usar paninhos em substituição ao absorvente íntimo?
Essa pergunta é interessante aqui também porque o que se gasta de material plástico para tais absorventes não esta no gibi...E não são recicláveis!
Vc vê plástico em todos os cantos: de carros a remédios, de roupas a comidas.
Me diga: qual a verdadeira solução para isso? E não me venha com reciclagem!
A solução está efetivamente na mudança de costumes.
Na predisposição - que ninguém tem - de mudar tudo ao seu redor e voltar a se relacionar com papel, vidro, metal e madeira.
Mais do que isso: deixar de consumir.
Nossa!!! Vc anda tão ácido!!! rsrs
ResponderExcluirSe aceitarmos que não dá pra resolver 100% do problema, visto que não vamos abrir mão da nossa comodidade, que tal a reciclagem...
Mas me refiro a separação desse material na nossa casa. Isso somado a um pouco de consciêntização...
Vc não acha que resolveria uma boa parte do problema??
Acido não. Realista talvez.
ResponderExcluirA questão da reciclagem é a mesma da criação do etanol para substituir a gasolina: atualmente, graças a tecnologia, a gasolina pode ser menos nociva ao meio ambiente do que o etanol que antes era mais correto do ponto de vista ecológico.
Reciclagem também polui e não é pouco segundo aqueles que melhor entendem do assunto.
E existem outras possibilidades para o plástico (como plástico fotodegradável ou biodegradável -
http://idgnow.uol.com.br/mercado/2007/05/21/idgnoticia.2007-05-21.8640725136/
http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/grupo-peruano-faz-plastico-biodegradavel-baseado-em-batata.shtml).
Mas e por que não se investe na criação de tais plásticos? Porque ele é só 5 vezes mais caro que os convencionais e contraria os interesses de populações inteiras que vivem da geração de subprodutos do petróleo.
Como se vê, a reciclagem é posta como uma panacéia para as questões de sustentabilidade quando, na verdade, é algo muito complexo que passa pela mudança de costumes e pela aceitação de que é caro implementar medidas ecologicamente corretas.
E para tornar isso mais curto, faço minhas as palavras da Aline em seu blog CULTURA DA PALAVRA: http://culturadapalavra.blogspot.com/2009/03/filosofia-da-sustentabilidade.html
Lendo Freakonomics não fica difícil saber que dois problemas a deterem essa tentativa de sustentabilidade são: grana e costumes.
O outro problema é a falta de controle sobre o resultado ambiental daquilo que produzimos, mesmo com a melhor das intenções é possível piorar aquilo que já está ruim. Por exemplo: há pesquisas que apontam que o plástico biodegradável mais utilizado no planeta não é totalmente consumido por bactérias e fungos como se imaginava. Boa parte dele esfarela e gera resíduos (pó) não consumidor pelos microrganismos aumentando a poluição ambiental...
Marcos,
ResponderExcluirConcordo com você, e não acho que seja ácido. Mas dentro da nossa realidade o que podemos fazer para tornar a situação menos pior? Este foi um exemplo. Você mesmo já postou sobre a composagem doméstica, e outros tantos exemplos virão, que nada mais são do que pequenas iniciativas que podem no futuro ajudar na implementação de processos menos poluidores. Creio que pequenas iniciativas podem e devem ser propagadas. Vejam o próximo post.
Fabiane,
É bom separar o lixo, mas procure tambem saber para onde ele está indo. Existem indícios de que o lixo reciclável coletado pela prefeitura de São Paulo, por falta de destino certo acaba indo para aterros: http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/10648 . Eu prefiro levar ao Suprmercado Pão de Açúcar uma vez a cada semana pois lá sei que a cooperativa está separando e dando o encaminhamento correto: RECICLAGEM.