segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Comer, rezar e amar - O FILME

Romances baseados na vida real ou meramente ficção, quantos não foram os filmes que eu vi e me emocionei. Dois me marcaram especialmente: "AMADEUS" e "O FILHO DA NOIVA".

Sucesso de vendagem a obra literária "Comer, rezar e amar" seguiu a trilha de outros tantos livros e transformou-se em filme.

Minha mulher leu o livro e gostou muito. Ontem assistimos à produção cinematografica.

Minha opinião sobre o filme: um apanhado de clichês misturados com um "q" de auto ajuda para fins emocionais.

Eu não vivi na Itália mas, por outro lado, nem vi cenas calorosas de "amassos" nas ruas (como aquelas mostradas nos filmes) nem vi homens passando a mão em mulheres (como parece ter ocorrido com a personagem sueca), nem vi gente chavencando estrangeiras (como se mostrou).

Vi, sim, cenas de grosseria explícita de homens com olhares lascivos lançados para mulheres estrangeiras mesmo quando estas estavam com seus parceiros. Mas isso é charme? É, ao menos, paquera? Se for, tudo bem...


Os amassos, como se costuma ver aqui nas ruas brasileiras me dá a impressão de serem, aqui no Brasil, mais "quentes". E de que o "dolce far niente" é maior aqui do que lá.

E se o clima de lá fosse, de fato, tão sexy, tão irresistivelmente sexual, como se faz crer no filme, as mulheres não usariam, ilesas, roupas tão curtas e devassadas como o fazem no verão. Roupas que as brasileiras jamais sonhariam usar. Aqueles micro vestidos com os quais, inclusive, andam de scooter te permitindo ver flagrantes de várias calcinhas, fariam homens correrem atrás delas (lembram da cena na fonte que mostram os italianos correndo atrás de umas garotas como se fossem um bando de tarados) mas, na verdade, eles fazem exatamente: Nada! Nenhum "fiu fiu", nenhuma gracinha. Nada.

Por outro lado, aquela história de brasileiro beijando seus "filhos" (sim, filhos homens) na boca como se fosse um costume nosso???? O que era aquilo????

E mais, o que me causou profunda estranheza foi o fato de que em tempos modernos, com as mulheres falando cada vez mais que não estão preocupadas em se casar, a questão central tenha sido "o casamento" como ponte para a "felicidade".

Sob protestos da minha mulher (que amou o livro e chorou no filme) digo francamente que na categoria "romance", eu prefiro, disparadamente, ver "SECRETÁRIA".

5 comentários:

  1. O livro e o filme é check list, ou seja de mulherzinha. Você quer seriedade e fazer análise?
    Tá doido rapaz!
    abs
    Jussara

    ResponderExcluir
  2. hahahahaha.... Classificar Secretária como filme romântico é de morrer de rir!
    Realmente vc está pegando duro demais! Vc escolheu, e talvez com razão, os tópicos que podem mesmo levantar suspeitas. Mas a visão da autora não tem que necessariamente ser a sua. E eu tb amei o livro! Eu queria muito tirar um ano e passar 4 meses em 3 países diferentes de minha escolha. E a Itália foi escolhida pela comida, e a relação que as mulheres têm com ela, vc não viu isso. Da Índia falaram muito pouco, e na minha opinião a melhor parte do livro ficou de fora, que é quando ela discute com o texano sobre o verdadeiro amor. Quanto ao brasileiro beijar o filho adolescente na boca, concordo com vc totalmente, mas que meu pai, que era um pai maravilhoso, sempre beijou meus quatro irmãos isso ele beijava mesmo!!!! Mas nunca na boca! O filme quiz mostrar mais a sensibilidade e proximidade e no final foi mesmo o sangue quente brasileiro que até a deixou com infecção urinária....hahahahaha...
    Quanto à questão do casamento esse era afinal o grande dilema e pra muitas e muitas mulheres o casamento ainda está diretamente associado com o amor!
    (Ao contrário do filme secretária em que ela pede e adora levar umas palmadinhas do chefe!!!)
    Well, vc tem todo direito de detestar, mas de uma certa forma escolheu se apagar aos detalhes que lhe convieram para desgostar do filme!
    Quanto aos italianos, não faço a menor idéia, pois nunca estive lá! Contudo reafirmo ela estava mais interessada na pasta e no gelato! E vc sabe sempre rola um apelozinho ao esteriotipado!
    beijocas...
    Mari

    ResponderExcluir
  3. O pior, Mari, é que eu entendo SECRETÁRIA como um filme romântico mesmo...rsrsrs Sem brincadeira alguma!
    Um romance diferente do comum e, por isso mesmo, mal compreendido. Afinal, quem disse que amor se opõe às palmadinhas que ela dorava receber do chefe que, no final das contas, encontrou nela sua alma gêmea?
    De resto, falando sobre COMER... eu só notei clichês no filme. Por isso não gostei mesmo. Me senti como quem via o filme "O SEGREDO" adpatado para casamentos...rsrsrs

    ResponderExcluir
  4. Bom e se eu te contar que apesar do estranhamento que senti ao ver "Secretária" também entendi os dois como sendo almas gêmeas, mas fica meio complicado com tanto tabu sexual incutido na cabeça da gente, e devo confessar que acredito, principalmente na cabeça da mulher, que qualquer coisa que remeta mesmo que remotamente à violência e abuso da mulher me choca um pouco e provoca meu desgosto!
    Agora que adorei a comparação com o Segredo ah adorei...hahahaha... meu lado sarcástico curte isso! Mas não achei tudo clichê não! Ah! E eu tb chorei no filme!!!! hahahahaha... Em "Secretária"
    me senti estranha.....well....
    Mari

    ResponderExcluir
  5. Mari
    Aí é que está. Há violências e violências. Quando o "abuso" e a "violência" são consentidos e dentro de um contexto de prazer e satisfação mútuos como aquele em que se vê no filme não se está diante de genuína viol~encia e abuso.

    ResponderExcluir