sexta-feira, 25 de junho de 2010

Campanha discreta vira mega campanha

Camisetas promocionais? Isso é coisa do passado. Se você ainda prefere ver sua marca estampada nas camisetas que dá de brinde a seus clientes e amigos, saiba que isso é coisa do passado. Para que investir em camisetas no bairro se você pode atingir o mundo. Lembra do Romão Magazine? Ele levou para jogos do Brasil em Copas anteriores uma faixa enorme, que era vista nas TVs do mundo todo. A FIFA passou então a proibir esse tipo de publicidade gratuita. Agora as meninas holandesas conseguiram fazer a divulgação de uma marca de cerveja, apenas trajando um vestidinho laranja, que remete a uma publicidade da Bavaria. A campanha não teria sido bem sucedida se elas não tivessem sido recriminadas e presas. A repercussão gerou muito mais divulgação que a simples presença delas no estádio.
Parabéns aos idealizadores.

5 comentários:

  1. Eu não considero a campanha anti-ética. Anti-ético é proibir qualquer tipo de manifestação comercial criativa de marcas que não patrocinam a Copa do Mundo oficialmente. Do jeito que caminhamos daqui a pouco, os torcedores só poderão emitir um tipo de som e trajar roupas brancas nos estádios.

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  2. É Gui, imagine você não poder entrar no Shopping com um logo estampado em sua camiseta. Na verdade as emissoras de TV já fazem isso quando colam um adesivo nas marcas das roupas dos entrevistados...já notaram?

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  3. Há uma diferença entre alguém entrando num shopping (um consumidor) e alguém patrocinado por uma marca que, como condição para o patrocínio, exigiu exclusividade.

    Os jogos têm - atualmente - duas funções: entreter os que gostam de futebol e dar retorno econômico aos demais envolvidos com isso.

    Aquele que, pela porta dos fundos e contrariando as regras, encontra um meio de defraudar essa sistemática sem ser punido legalmente (já que isso pode não ser crime) pode ser exaltado pelos entusiastas da criatividade mas, com certeza, foi desleal.

    É uma espécie de lei do Gerson (a de tirar vantagem de uma situação em que não lhe caberia tal vantagem) mas sem a curiosa oposição moral que temos visto.

    A campanha da distribuição dos vestidos laranjas, em si mesma, não é um problema ético. Afinal as usuárias dos vestidos têm o direito de ir e vir e podem usar o vestido que quiserem, com a cor que quiserem e onde quiserem.

    Fica a pergunta: contratar modelos que usem tais vestidos sem, contudo, admitir que houve a tal contratação é ético? Por que, se não fosse, não haveria problema em admitir que foram contratadas mas que isso não lhes retira o deireito de ir e vir usando tais vestidos e etc...

    A prática ocorreu mas os envolvidos não na melhor forma do "dilema do prisioneiro") não admitiram isso publicamente e, por falta de provas, ninguém foi punido.

    Se ético fosse bastaria admitir e sustentar a eticidade da conduta!

    Francamente, na minha opinião, aceitar que isso é produtivo mercadológicamente é uma coisa. Admitir isso sob o ponto de vista ético é outra . Nada contra quem procura seus próprios interesses diante de uma lacuna, afinal é assim que os seres vivos vencem: oportunismo.

    Mas fica complicado admitir essa regra aqui e não admitir em outras faces da vida social.

    Não dá para reclamar de quem se livra de penas criminais porque fez uso das "lacunas da lei", por exemplo. Não dá para reclamar de quem faça uma passa moleque num negócio por uma "lacuna num contrato" e por aí vai.

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  4. O Direito sempre encontra brechas... por que não a publicidade?

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