terça-feira, 29 de junho de 2010

Dilema do prisioneiro e as eleições

O dilema do prisioneiro é um problema da teoria dos jogos. Neste problema, como em outros muitos, supõe-se que cada jogador, de modo independente, quer aumentar ao máximo a sua própria vantagem sem lhe importar o resultado do outro jogador.

Todavia, cada jogador pode escolher trair o outro mas curiosamente ambos os jogadores obteriam um resultado melhor se colaborassem.

Infelizmente (para os prisioneiros), cada jogador é incentivado individualmente para defraudar o outro, mesmo após lhe ter prometido colaborar. Este é o ponto-chave do dilema.

O dilema do prisioneiro (DP) dito clássico funciona da seguinte forma:

Dois suspeitos, A e B, são presos pela polícia. A polícia tem provas insuficientes para os condenar, mas, separando os prisioneiros, oferece a ambos o mesmo acordo: se um dos prisioneiros, confessando, testemunhar contra o outro e esse outro permanecer em silêncio, o que confessou sai livre enquanto o cúmplice silencioso cumpre 10 anos de sentença. Se ambos ficarem em silêncio, a polícia só pode condená-los a 6 meses de cadeia cada um. Se ambos traírem o comparsa, cada um leva 5 anos de cadeia. Cada prisioneiro faz a sua decisão sem saber que decisão o outro vai tomar, e nenhum tem certeza da decisão do outro. A questão que o dilema propõe é: o que vai acontecer? Como o prisioneiro vai reagir?

Notaram alguma semelhança entre esse jogo e os votos numa eleição?
 
 

2 comentários:

  1. Diabólico na acepção etimológica da palavra:
    diabólio é o avesso de simbólico. Simbólico é aquilo que une, que traz para perto. Diabólico, é aquilo que afasta, que divide. A estratégia do jogo é dividir e levar ambos os jogadores a perderem. Cabe ao jogadores se unirem e todos serão beneficiados pela solidariedade.

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