Curiosamente, foi nesse dia do ano de 1976 que se deu o lançamento do filme brasileiro mais visto até hoje: Dona Flor e Seus Dois Maridos!
A palavra "flush", em inglês, tem diversos significados: rubor, descarga de aparelho sanitário, acesso de febre ou de calor, dentre outros. Aqui pretendo tratar de assuntos que fazem ruborizar alguns ou que causam calor a outros mas que, definitivamente, não são reflexões que pretendo jogar descarga abaixo.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Marcinho VP está vivo ou está morto?
Nos idos de 2003 li que o cara havia sido assassinado. Hoje vejo que ele está vivo e foi transferido para o Norte do País.
Qual das notícias está errada? Alguém sabe me dizer?
Qual das notícias está errada? Alguém sabe me dizer?
Mitos
Algumas atividades profissionais são estratégicas: para os profissionais que as exercem fica fácil elucidar alguns mistérios, extirpar alguns estigmas ou estar acima do senso comum.
Alguns exemplos: policiais sabem que os usuários de drogas não são somente jovens; médicos sabem que se você comer manga e beber leite não morrerá como consequência; psicólogos sabem que a homossexualidade não é uma doença; contadores sabem que muitos empresários mantém caixa dois e não pagam corretamente nem impostos e nem seus empregados; os advogados sabem como e porque esses mesmos empresários usam desses mecanismos.
Mas não é preciso ser nenhum desses profissionais para saber dessa realidade!
Estar atento e ler é importante para abrir a mente contra alguns mitos ou "meias-verdades".
Uma meia verdade é a de que tudo no Brasil é mais caro por conta dos impostos.
Sim, temos uma carga tributária alta. Sim, o Governo nos cobra muito e não nos dá muita coisa em troca.
Não, as coisas aqui têm preços nas nuvens por diversos outros motivos e um deles é a ganância do empresariado.
Dúvido que haja algum paísnas américas em que o lucro do empresário chegue a ser como aqui.
Basta ver o que dizem sobre as montadoras: têm a maior margem de lucro no mundo aqui no Brasil.
Numa comparação feita pela revista Època, é possível observar que muitos veículos são mais caros aqui que em outros lugares do planta mesmo quando retiram-se-lhes a carga tributária!
Sem os impostos federais e estaduais, o preço do Corolla 2.0 no Brasil seria em torno de R$ 43.500 já com o lucro da montadora incluído.
Ou seja, mesmo fabricado aqui e sem imposto algum ele ainda seria mais caro do que o valor praticado nos EUA, no Japão, no Chile, na Coréia do Sul e no México.
E depois dizem que a culpa é da tributação?
Fora isso há sempre os sonegadores (e não são poucos) cujos preços dos produtos (mesmo sem impostos pagos adequadamente) são impagáveis.
Veja os recentes caso de condenação da DASLU e da TÂNIA BULHÕES, os escândalos envolvendo sonegação fiscal da empresa SCHINCARIOL e da PERDIGÃO, e se poderá entender sobre o que eu estou falando.
Tudo isso sem contar que verbas trabalhistas quase ninguém paga corretamente, mas todos reclamam que isso faz parte do preço...
Temos que abrir os olhos para esses discursos e abrir os olhos para o que se faz nos países vizinhos: somos feitos de trouxas!
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
O Custo Brasil
Dizem que a desonestidade do brasileiro traz mais um custo ao conhecido, custo Brasil. Como se aqui as pessoas fossem mais desonestas do que em outros cantos do mundo.
Mas será mesmo? Vejamos...
Um funcionário da BMW AG foi dia 24 último em Munique, na Alemanha, sob acusação de roubo de peças e acessórios da marca, principalmente bancos automotivos. O valor total do prejuízo: US$ 4 milhões. O nome do empregado não foi revelado, mas a polícia alemã também deteve um funcionário de uma empresa fornecedora de autopeças. Segundo um porta-voz da polícia de Munique, ambos os suspeitos, além de outro funcionário da BMW sob investigação, estão sendo acusados de falsificar ordens de produção e desvio de componentes para vendê-los na internet.
A BMW não quis comentar o caso, e ainda de acordo com as autoridades alemãs, o Ministério Público de Munique está apurando o envolvimento de outras 15 pessoas na fraude, cujo valor pode superar os US$ 4 milhões declarados. A investigação dos roubos na linha de produção da BMW teve início em outubro e incluiu a averiguação de imóveis em todo o estado da Baviera, no sul da Alemanha.
E quanto à SIMEMENS? Alguém se lembra do enrrosco em que ela se meteu por dar propina? Não, não foi no Brasil, mas nos países honestos...
A maior empresa do setor de engenharia da Europa, concordou em pagar US$ 1,6 bilhão para liquidar processos de suborno nos Estados Unidos e Alemanha, após dois anos de investigações sobre pagamento de propinas para autoridades governamentais em várias partes do mundo. A Siemens pagará € 596 milhões (US$ 814 milhões ) na Alemanha, incluindo uma multa de € 201 milhões de 2007, informou seu advogado, Peter Solmssen. A companhia também pagará US$ 800 milhões nos Estados Unidos, depois de se reconhecer culpada pela violação de leis anticorrupção por contabilizar falsamente US$ 1,36 bilhão em subornos.
Nem mesmo o Vaticano escapa: dom Evaldo Biasini, de 83 anos, da Congregatio Missionariorum Pretiotissimi Sanguinis, e o prelado Francesco Camaldo, cerimoliatista encarregado, dentre outras atribuições relevantes, de colocar o solidéu na cabeça do papa Ratzinger confessaram crimes de lavagame de dinheiro como testas de ferro.
Dom Biasini (me faz lembrar o personagem Dom Barzini do filme Godfather) confessou lavar dinheiro para o construtor Diego Anemone. Para isso, usava o caixa da Congregação como Caixa 2 de Anemone onde ocultava 1milhão de euros. Parte desse dinheiro ocultado e sem origem lícita, 900 mil euros, foi usado para dar de presente um valioso apartamento, com vista para o Coliseu, ao então ministro do Desenvolvimento Econômico, Cláudio Scajola.
Já Camaldo, por seu turno, fazia a ponte de Angelo Balducci — sócio do construtor Anemone, ex-presidente do Conselho Superior de Obras Públicas do governo italiano e consultor da centenária Propaganda Fé ( atual Congregação para a Evangelizaçãodos Povos) — com o Vaticano e o seu Banco (IOR — Istituto per Le Opere di Religione).
Lembrei de O PODEROSO CHEFÃO - PARTE III, pura coincidência, claro...
Ninguém é santo
Há anos eu faço separações e divórcios e, nesse período, acompanhei diversos casais antes e depois da separação.
Algumas coisas eu notei: cerca de 80% dos pedidos de separação ou divórcio eram feitos pelas mulheres.
Na maioria dos casos as reclamações eram parecidas: desde desemprego do marido a traição, desde "falta de comprometimento com a relação" a falta de amor.
Os homens, por seu turno, não raramente diziam um simples: cansei...
Muitos deles eram gente boa, de princípios mas que simplesmente cansaram de investir suas energias num casamento que eles entendiam que não iria à diante e justificavam seu cansaço com atitudes femininas que hoje, segundo vejo, estão estampadas na "Folha de São Paulo" como resultado de um estudo a respeito.
Segue a íntegra da matéria:
"Fazer questão de ter a palavra final em uma briga e discutir coisas que já aconteceram há muito tempo são atitudes mais femininas do que masculinas, ao menos no início do casamento.
Essa é uma das principais conclusões de um estudo realizado pela Universidade de Michigan com 373 casais ao longo de 16 anos.
A pesquisa identifica comportamentos destrutivos que podem aumentar as chances de divórcio. Nessa lista, entram também os gritos, insultos e a tendência à fuga.
Segundo Kira Birditt, uma das autoras do estudo, os resultados mostram que ao longo do tempo as mulheres reduzem esse comportamento. Já os homens tendem a permanecer iguais. "Talvez as mulheres usem as estratégias construtivas como um último recurso. "Já gritei e berrei, mas ele não fez nada. Agora isso é sério".
Os resultados dizem que, no primeiro ano, apenas 29% dos maridos e 21% das mulheres relataram ter enfrentado algum tipo de conflito. Após 16 anos, 46% dos casais já tinham se separado. Os que enfrentaram conflitos e comportamentos destrutivos desde o início mostraram maior inclinação ao divórcio.
Estudos anteriores já indicavam que, para os recém-casados, críticas, desprezo, atitude defensiva e abandono das discussões podem levar a união ao divórcio em até sete anos.
"A mulher não é prática, ela costuma ser menos flexível e demandar mais. Para a mulher, DR é discutir a relação, para o homem, é dar risada. Os dois têm formas diferentes de resolver os problemas", afirma a antropóloga Miriam Goldenberg.
Segundo a pesquisadora, para aquele que se esforça para manter a união, as estratégias de retirada costumam ser vistas mais como falta de investimento no relacionamento do que como tentativa de manter a calma."
É como eu digo: ainda tinham que criar a Lei Mário da Lapa.
sábado, 27 de novembro de 2010
Como em qualquer outro lugar...
Há menos de um mês o piloto de Fórmula 1 britânico Jason Button sofreu uma tentativa de assalto em São Paulo. Muito se falou da insegurança no Brasil e em São Paulo. O motorista do Jason é um policial que disseram ser treinado para situações dessa natureza e ao avistar pessoas armadas vindo em direção do veículo soubre manobrá-lo de modo a ultrapassar o perigo e fugir da ação dos lixos humanos.
Alguns representantes da modalidade esportiva foram entrevistados e "minimizaram" o episódio dizendo que assaltos podem ocorrer em qualquer lugar do mundo e esse episódio não é icônico da violência paulistana.
E não é que quem assim se manifestou tinha razão?
Apenas poucos dias após esse incidente que o Rubinho, com razão, disse ser "VERGONHOSO", o igualmente britânico Bernie Ecclestone - chefão da Fórmula 1 - e sua namorada, a brasileira Fabiana Flosi, foram alvo de um violento assalto em Londres.
Os assaltantes derrubaram Ecclestone, de 80 anos, e deram chutes e socos em sua cabeça até que ele desmaiasse.
Estavam armados? Não! Mas precisou estarem? Não!
Depois de espancarem gratuitamente o magnata até que ele desmaiasse, roubaram cerca de 200 mil libras e levaram relógios e joias, tudo isso em frente à sua casa. Nem sequer esperaram a namorada tirar os brincos: arrancaram.
A polícia chegou ao local apenas quando os assaltantes já haviam fugido.
Ninguém se revoltou. O Rubinho dessa vez não disse que o ato foi uma "VERGONHA" e o episódio não causou nenhuma comoção na mídia.
Por que?
Afinal se no Brasil a violência é uma rotina e na Inglaterra isso é uma exceção; se o jornalismo vive daquela máxima "se um cachorro morder um homem não há matéria, mas se úm homem morder um cão isso é notícia de capa"; não seria de se esperar que a notícia desse azo a mais alarde?
A resposta a isso é: aqui nós temos uma doença que eu chamo de síndrome do "lixão"!
Para brasileiros, nada que temos aqui presta. Tudo que temos é ruim: nossa cultura, nossos serviços, nossa segurança, nossa comida, nossa música e por aí vai.
Tudo que for estrangeiro, por mais merda que seja, é melhor.
Enfatizamos o que há de ruim aqui e esquecemos nossas virtudes.
Colocamos nossa autoestima lá embaixo e quem, de fora vê isso, deita e rola. Os que aqui dentro também enxergam isso fazem o mesmo.
Enquanto isso, nos países estrangeiros - sobretudo europeus - faz-se exatamente o inverso.
Aqui temos problemas sim! Muitos que merecem atenção e solução imadiatas. Mas nada diverso do que já acontece em qualquer outro lugar.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Rio de Janeiro: Pimentae In Cullum Vostrum Refrescatio Est
Durante muitos anos os governantes do Rio de Janeiro e de São Paulo negligenciaram a segurança pública.
Fazem discursos para ianuguração desse ou daquele batalhão; ostentam as viaturas "novas" que compraram; falam dos "novos" treinamentos dados aos políciais para humanizá-los; enfatizam a "tecnologia" da polícia técnica e tal. E nas ruas? Bom, nas ruas e nas delegacias o que se vê é outra coisa.
Polícia desaparelhada, viaturas sem peças, colete à prova de balas tosco, armamento ridículo, treinamento idem e muita insegurança para os que deveriam trazer segurança.
Tudo isso além de insatisfação e remuneração baixa.
Corrupção? Também.
Esses nossos governantes foram negligentes. Da a impressão até que eles querem que a população se dane.
Afinal: pimenta nos olhos dos outros é refresco.
Agora, quando a água bate na bunda tudo muda. Se a vizinha do Serra é roubada, no dia seguinte acham os bandidos. O filho do Lula sofre alguma tentativa de roubo e a favela fica sitiada. Se um juiz for vitimado, ai dos malandros.
O que se vê no Rio hoje é isso: uma população massacrada por um bando de merdas, gente da menor qualidade, bandidagem rasteira e com a conivência clara das autoridades. Basta ver que até político pede benção pra traficante quando se vai fazer campanha nos morros.
Mas quando se deseja, aí até as forças armadas saem para a rua.
Por que só agora? Por que não se fez isso antes?
Temos nas ruas do RJ mais efetivo militar do que no Haiti. E ainda é pouco! Afinal, uma de nossas amigas blogueiras postou em seu blog que ficou impressionada ao ver uma multidão de bandidos indo, pelas ruas e a céu aberto em plena luz do dia, à pé de um morro ao outro sem nenhum policial para importuná-los.
Fica claro, portanto, duas coisas:
a) de verdade não há cerco nenhum, os neguinhos nem sequer estão escondidos;
b) que se tivesse havido vontade política - de fato - já se teria acabado com essa palhaçada que acaba com a "cidade maravilhosa".
Mas em breve teremos as Olimpíadas e a Copa. Ninguém quer ver o país desacreditado e sem as obras que renderão milhares de dólares para alguns poucos. Esse é o motivo, não responsabilidade e preocupação social.
Quem não quiser acreditar que assista TROPA DE ELITE 2.
E tenho dito...
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Nem tudo que brilha é ouro
Universidade Presbiteriana Mackenzie, respeitada instituição de ensino, responsável pela orientação de muitos profissionais de ponta, mostra sua verdadeira face!
Não o dourado, mas o lado podre e rançoso da intolerância e do preconceito.
Não o dourado, mas o lado podre e rançoso da intolerância e do preconceito.
Naquilo que intitulou "Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia" procura aquela instituição repudiar o respeito à lei em apreço sob a alegação de que devem respeitar as leis de deus (que no entendimento de seus autores é contrária à homoafetividade) e não seguir o conselho "dos ímpios"
Alega que sendo de "natureza confessional, cristã e reformada" se impele a guiar-se em sua ética pelos valores presbiterianos. Resumindo incita o corpo docente contra a tal lei.
Todavia aquela instituição se esquece de que no mesmo livro sagrado que dizem fundar seus alicerces "éticos" há em ROMANOS 13 - 1/14 expressa recomendação no sentido de que os fiéis, tementes a deus, se sujeite às autoridades superiores porque toda autoridade vem de deus e quem resiste à autoridade resiste a deus.
Referindo-se às leis emanadas das autoridades constituídas assim é preconizado naquele texto bíblico: "Faze o bem, e terás louvor dela (da autoridade); porquanto ela é ministro de Deus para teu bem."
Logo, valores éticos cristãos que estejam divorciados dessa prescrição não podem ser, senão, vazios pois que aquilo que é ético é aquilo que traz a paz e o bem ao grupo social considerado como um todo, sem pregações segregacionistas, sectárias ou intolerantes. É isso, segundo aquele texto extraído do livro sagrado dos cristãos, que deus ordenou e que deve ser seguido.
Noutras palavras: já que aquele líder religioso acredita em liberdade de expressão e liberdade de pensamento, deve ele saber que esses direitos não são ilimitados mas, ao reverso disso, são limitados pelos demais princípios constitucionais superiores (sobre princípios) dentre os quais destaca-se o da dignidade humana, da justiça e da igualdade de todas as pessoas perante a lei (a dos homens, referendada que é pela lei de deus) independentemente de suas condições religiosas, sexuais e etc...
Logo, pregar contra a lei é pregar contra deus. Pregar contra a igualdade de direitos é pregar contra a liberdade individual de modo que qualquer expressão livre de pensamento nesse sentido deve ser punida com rigor porquanto prega a desigualdade e o preconceito.
Imaginemos, agora, alguém que sai por aí pregando contra igualdade de direitos entre ateus e crentes?
Dá no mesmo e, por certo, seria objeto de dura reação social.
Pois é, pregar contra a lei que assegura punição a quem se manifesta contra os direitos dos homossexuais ( e se manifestar contra esses é, em essência, se manifestar contra seus direitos) é intolerância que merece ser esmagada com força e rigor.
Espero que os representantes do Mackenzie sejam processados.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Nem tudo que é ouro brilha
Em 1803, durante a primavera, Beethoven fora convidado para apresentar a peça inédita e complexa composta para violino e piano.
O violinista, chamado a poucas horas antes da apresentação, era um jovem afro-polonês; seu nome: George Bridgetower, filho de uma polonesa e de um ex-escravo das Antilhas.
Segundo as fontes da época, o rapaz possuía uma habilidade incrível com o instrumento.
Numa das mais difíceis partes da sonata de serem executadas no violino Bridgetower tocou com maestria.
Beethoven, impressionado pela capacidade do músico, levantou-se do piano e foi saudá-lo antes de terminar a execução. Além disso, escreveu na partitura os seguintes dizeres: Sonata per um mulaticco lunattico.
Depois da brilhante apresentação, os dois foram comemorar e beber juntos.
O jovem músico, que atraia bastante olhares femininos, fez um comentário inadequado sobre uma das damas amigas do compositor alemão.
Tomado pela cólera, Beethoven pegou a partitura e rasurou a dedicatória para, mais tarde, dedicá-la a Rodolphe Kreutzer (considerado o maior violinista da Europa de então) e se tornaria a Sonata a Kreutzer.
George Bridgetower acabou sua vida na indigência. Ele e seu dom faleceram em 1860 num asilo londrino para indigentes, esquecidos pelo mundo da música.
A parte curiosa é que o ilustre iluminado, o próprio Kreutzer, em suas limitações considerou a sonata impossível de ser tocada!
Não para Bridgetower, claro.
"Não basta ter-se talento: é preciso ter-se o vosso assentimento para o possuir, - não é verdade, meus amigos?" Friedrich Nietzsche em "Além do bem e do Mal". |
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Pensamento do dia
"Quem com ferro aufere pelo alferes sairá ferido."
Piadinha tosca em referência a Viktor Bout, traficante de armas russo que inspirou o filme "SENHOR DAS ARMAS" e que é conhecido como o "MERCADOR DA MORTE", foi preso e será extraditado para os EUA onde poderá ser condenado à prisão perpétua.
O filme em questão esclarece que as grandes potências que hoje fazem parte do Conselho de Segurança ONU como deliberadoras do destino alheio (EUA, FRANÇA, RUSSIA, CHINA e INGLATERRA) são as mesmas nações que exportam - legal ou ilegalemnte - a maior parte dos materiais bélicos que alimentam as guerras no mundo.
O filme escancara a hipocrisia ao redor da venda ilegal de armas e material bélico pelo mundo e o apoio velado que essas nações prestam aos traficantes. Vale a pena ser visto.
Assim é o mundo.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Humanização da sexualidade
O Papa Bento 16 defendeu o uso da camisinha só para prostitutas ou em circunstâncias que evitem proliferação de doenças como a AIDS.
Todavia, ele diz que “este não é o verdadeiro caminho para vencer o HIV” e defende a “humanização da sexualidade”.
O que, exatamente, significa a "humanização da sexualidade"? Humanizar é tornar algo mais humano? Ou, noutras palavras, tornar a atividade plena em características que tornam o animal homem diverso dos demais animais?
Se for isso, a camisinha é imperiosa em quase todos os contatos sexuais: até onde se sabe o ser humano é um dos poucos animais cuja atividade sexual não se dá apenas para procriação.
Longe disso! Não raramente (e como ele própria acaba por admitir quando acredita no uso para evitar a proliferação de DST´s) a sexualidade é mecanismo de prazer e diversão sem qualquer interesse na procriação.
E é como tal que as doenças sexualmente transmissíveis são disseminadas por aí.
Entre "moços" e "moças" de "família" (ué, mas todos não são oriundos de uma família???) é que se vê as tais DST´s. Não é a toa que há, no mundo inteiro, uma epidemia de herpes genital e hpv.
Se o sexo é para ser humanizado e, portanto, praticado à moda do ser humano (por prazer e não para procriação) resta óbvio que a camisinha não se presta, apenas, para evitar a transmissão de doenças mas previne, sobretudo, a gravidez quando indesejada e que culmina em aborto ou seres humanos infelizmente abandonados, muitos dos quais - inclusive - que recorrem (por um motivo ou por outro) ao crime, às drogas e à prostituição.
Logo, em tese, a camisinha poderia - se estimulada - conter boa parte do problema da humanidade relacionado aos abortos, à criminalidade e à transmissão de doenças sexuais.
Link para a matéria |
Por outro lado, enquanto a preocupação do Papa é com o uso de preservativos, ali ao seu lado se vê coisas grotescas ocorrendo.
Na Itália há um Primeiro Ministro acusado de fazer sexo com prostitutas menores de idade!
É o caso da garotada cuja foto segue ao lado: foi paga para participar de uma orgia com o manda chuva quando ela ainda tinha 17 anos de idade.
O curioso é que o Papa parece nãos e importar com isso e alguém pode dizer que isso não é problema dele mas de Estado e que a Itália deve resolver suas questões internas de maneira independente.
Mas e a vida pessoal de cada qual? Não é um problema de cada qual que cada qual deve saber como resolver?
E as questões de aborto tratadas em nossas campanhas políticas nestas eleições? Isso não seria um problema nosso?
Se o argumento for o de que o Vaticano deve se preocupar em orientar seus fiéis a pergunta que me cabe fazer é: qual foi a orientação por ele dada diante do escândalo que é o tratamento dispensado à garota da foto abaixo que está em condições subhumanas ali mesmo na Itália?
Essa moça nigeriana, detida na noite de 9 Agosto último no decurso de uma operação anti-prostituição levada a cabo na presença de jornalistas, fotógrafos e do conselheiro de segurança de Parma, Constantino Monteverdi, parece ter sido trata de maneira "humanizada"?
O que, por exemplo, o vaticano disse a respeito da "humanização" dos tratamentos dispensados a essa e outras pessoas (sim, uma prostituta é - antes de mais nada - uma pessoa humana)?
Não tenho notícia de nada que o Papa tenha dito, como não tenho notícia de nada que ele tenha feito quanto aos religiosos que molestam crianças e fiéis adultos.
A inconsequência me impressiona!
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Jó 38:11
Rodrigo Scarpa, o Repórter Vesgo do programa Pânico na TV, da Rede TV!, recebeu nesta quinta-feira (18/11) indenização por ter levado um soco do cantor Netinho de Paula em 2005, durante o Troféu Raça Negra. Netinho foi candidato a senador nas últimas eleições e ficou em terceiro lugar.
O TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) confirmou decisão da primeira instância que determinava que o cantor deveria pagar indenização de R$30 mil por danos morais em um prazo de 15 dias a partir da decisão. Com a correção e os honorários advocatícios, o valor pode chegar a R$ 44 mil.
De acordo com a documentação apresentada nos autos, no dia do acontecimento, Scarpa teve que parar as gravações para ser atendido em uma clínica médica, registrando em seguida boletim de ocorrência por crime de lesão corporal. As sequelas ainda perduraram por alguns dias, afetando sua audição.
Além de prejudicar o trabalho do humorista no dia do evento, Netinho ainda o ameaçou no dia seguinte, em rede nacional, no programa de televisão da apresentadora Sônia Abrão, exibido pela Record.
Fonte:
Razão e Sensibilidade
Analiso meus erros e meus acertos, observo o mundo e as pessoas ao meu redor. Gosto de ler alguma coisa de filosofia e gosto de contemplar o curso da vida. Isso me ajuda a conhecer a mim mesmo e aos outros de forma incomum.
Chego ao cúmulo de olhar para alguém e decifrar seus segredos mais íntimos sem que esta pessoa sequer tenha feito referência a qualquer coisa relevante de sua vida.
Chego ao cúmulo de conhecer os problemas de uma pessoa sem que ela tenha feito qualquer menção a isso, como outro dia que encontrei um ex-aluno e, não obstante ele estivesse espontâneo, voluntarioso e centrado em seu trabalho, percebi em seus olhos que algo não estava bem e que era um problema familiar. O que ele fez ou me disse para que eu soubesse disso? Nada! Vim a ter a confirmação da minha percepção por uma interposta pessoa que o conhece.
Agora, com tanta capacidade de percepção das coisas da vida e de soluções para tantos problemas eu mesmo estranho quando por vezes me sinto engessado diante de algumas situações que me afligem. Por mais que eu saiba o que devo fazer e como devo agir eu, pura e simplesmente, não consigo. Ponto final.
Faço merda...
Fico eu ali com a minha racionalidade observando de camarote os problemas se avolumarem e a merda acontecer porque não consigo me mexer.
Tá certo que isso não ocorre costumeiramente. E nem sempre quando ocorre é, de fato, relevante
Ao revés! Só poucas situações são relevantes.
E isso só ocorre quando estou com a sensibilidade à flor da pele.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Profundas reflexões contemporâneas
Femininas:
"Nos dias de hoje, um cara dando sopa é apenas um homem distribuindo alimento aos pobres."
"Mais vale um cara feio com você do que dois lindos se beijando entre eles."
"Príncipe encantado que nada... Bom mesmo é lobo-mau: te ouve melhor, te vê melhor e que, por fim, ainda te come!!!"
Masculinas:
"Se todo homem é igual, porque as mulheres escolhem tanto???"
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Não contém gluteos
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Em nome de Deus
Um julgamento acompanhado com grande interesse nos Estados Unidos está revelando detalhes do caso de um mórmon de 57 anos acusado de ter sequestrado, estuprado e mantido em cativeiro por nove meses uma menina de 14 anos.O caso chocou o país, em parte pelo fato de o réu, David Mitchell, alegar ter agido sob ordens de Deus.
O crime ocorreu há mais de oito anos. Elizabeth Smart, hoje com 23 anos, também mórmon, contou à corte distrital de Salt Lake City, em Utah, que foi acordada por Mitchell em seu quarto na noite de 4 de junho de 2002."Tenho uma faca (apontada ao) seu pescoço. Não faça nenhum barulho. Saia da cama ou eu mato você e sua família", disse Mitchell, segundo transcrição do relato de Smart ao júri. Ela contou que foi levada de sua casa para uma região montanhosa perto de Salt Lake City e, depois, para acampamentos improvisados em diversos Estados dos EUA com Mitchell e a mulher dele, Wanda Barzee.
No primeiro dia, segundo relato da vítima, Mitchell disse a Smart que ela passaria a ser uma de suas esposas; a menina foi então estuprada e presa a uma árvore pelo tornozelo. Mitchell alegava que era um profeta cumprindo uma profecia divina, segundo a qual ele deveria buscar jovens meninas e se casar com elas."Ele disse que eu era muito sortuda e que eu estava sendo salva do mundo, que eu tinha sido salva por Deus", contou Smart.Segundo o jornal Salt Lake Tribune, o promotor afirmou na corte que ela foi vítima de estupros quase diários durante os nove meses de cativeiro e forçada a beber álcool e a fumar maconha.
Fontes: http://tvpeloespectador.blogspot.com/2010/11/profeta-mormon-e-acusado-de-sequestro-e.html
Imoralidades
Minha falecida avó costumava dizer que nem tudo que é lícito é moral.
Sábia!
Nesta quarta-feira última um jovem foi preso porque beijava outro jovem. Ele tem 18 anos e o outro 13. Por esse beijo foi acusado de "estupro de vulnerável" e não tenho notícia de que foi solto. Uma manifestação de afetividade está sendo tratada como crime e um jovem perdeu sua liberdade, com chances de condenação, por exercê-la publicamente.
Por outro lado, neste último domingo jovens (05 homens, sendo 04 menores e um maior) agrediram transeuntes na Paulista por suposta homofobia já que as vítimas eram gays. Foram 03 as vítimas desse grupo, sendo que uma continua hospitalizada e a outra teve ferimentos na face. Se tem notícia de que os agressores estão soltos desde ontem. Passaram 1 dia preso, portanto. E se forem processados há chances concretas de redundarem em nenhuma condenação ou numa condenação branda.
Qual o recado que damos ao grupo social quando um ato de amor gera prisão e possibilidade de pena severa enquanto a violência (no caso de lesão corporal) pode nem mesmo chegar a ser apenada com prisão?
Pregamos a imoralidade quando permitimos que o Estado, por meio das autoridades constituídas, no exercício de suas atividades entregue para os cidadãos uma clara mensagem de que a homofobia é tolerável e a violência é tolerável mas a homoafetividade é criminosa.
Quando não desestimulamos de maneira vigorosa certos comportamentos é sinal de que os aprovamos.
Quando, por outro lado, encontramos subterfúgios para punir aqueles que nos incomodam o recdao é que os desaprovamos.
Noutras palavras: beijar consensualmente e de forma heteroafetiva um menor não gera consternação social, ninguém denuncia e não é crime; fazer o mesmo numa relação homoafetiva não somente é crime, mas grave; bater não pode mas é de menor ofensividade que o beijo homoafetivo consensual.
Tempos difícieis os nossos, não?
Vou repetir a tirinha que publiquei dia desses aqui no blog, mais providencial impossível.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Um dia feliz...
Final de ano é época de festas.
Eu fico muito satisfeito com as celebrações de Natal e de Ano Novo, que envolvem confraternizações no trabalho e em casa.
E quando fazemos isso entre amigos e/ou familiares a satisfação vem em dobro.
Aqui estamos nós:
a) sentados, da esquerda para a direita - Camila, Gabriela, Rodrigo, Patrícia, Ana Carolina, Marta, Natália, Eu;
b) em pé, da esquerda para a direita - Fabião, Gisele, Manuela, Renatinho e Silvião.Há cerca de 20 anos, uns mais, outros menos, esse grupo se reune.
Se no passado todos eram jovens meninos caindo nas baladas, viajando juntos para a praia ou de carro pelo país, curtindo scuba diving e tudo que a vida nos permitia, hoje - não menos felizes - cada qual tem sua família e seus compromissos pessoais.
Em Abrolhos, onde mergulhamos de scuba em 1999, da esquerda para a direita Renatão, Fábio, a guia local, Eu, Gisele, Krueger e Tatu. Já se passaram quase 12 anos desde então. |
Uns com filhos outros sem; uns com "barriguinha", outros sem; uns com cabelos, outros sem (rsrsrs) mas todos com o mesmo carinho de antes.
Pena que o Renatão e a Paulinha estavam curtindo o aniversário dela lá em B.A., caso contrário estariam aqui também.
Pena também que o Fê e a Fabi também não estiveram presentes. Complementaria o grupo!
É isso: que possamos estar presentes nas vidas uns dos outros por mais 20 anos!
Hoje foi mais um dia feliz em nossas vidas.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Hipocrisia, intolerância e preconceito
Hoje publicou-se a seguinte notícia: "um jovem de 18 anos foi preso na noite de quarta-feira (10) após beijar um menino de 13 anos na área de cinema de um shopping no bairro Santana, na zona norte de São Paulo."
Segundo o boletim de ocorrência registrado no 13º DP (Casa Verde), ele é suspeito de estupro de vulnerável (ter conjunção carnal ou praticar ato libidinoso com menor de 14 anos).
Ainda de acordo com a polícia, a gerente do cinema estranhou o comportamento dos dois, após ter visto o jovem abraçando o menino por trás, em uma área de mesas próxima à bilheteria.
Em seguida, eles começaram a se beijar e, segundo a gerente, o beijo teria durado cerca de cinco minutos. Um segurança teria tentado intervir, mas a gerente diz que o jovem "não colaborou", de acordo com o boletim de ocorrência. Então, a Polícia Militar foi chamada.
Na delegacia, em conversa informal, o jovem de 18 anos disse que conheceu o menino pela internet, e que já marcou encontros assim outras três vezes. No entanto, em depoimento ele preferiu não falar.
Já o mais novo afirmou à polícia que beijou o rapaz porque quis e que não foi obrigado a nada. Ele também contou que os dois conversaram pela internet e marcaram de se conhecer no shopping e ir ao cinema na noite de ontem. (Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/829245-rapaz-de-18-anos-e-preso-depois-de-beijar-menino-de-13-em-cinema-da-zona-norte-de-sp.shtml)
Pela lei, mesmo que o beijo tenha sido consensual o caso é considerado crime pelo fato do menino ter menos de 14 anos. Se condenado, o rapaz preso pode pegar de oito a 15 anos de prisão.
A lei penal codificada, em seu art 213, diz que é crime o seguinte comportamento: "Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso."
Já o Art. 217-A trata como crime o ato de: "Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos."
Vai aí uma definição do FERNANDO CAPEZ: "Ato libidinoso é aquele destinado a satisfazer a lascívia, o apetite sexual. Cuida-se de conceito bastante abrangente, na medida em que compreende qualquer atitude com conteúdo sexual que tenha por finalidade a satisfação da libido. Não se incluem nesse conceito as palavras, os escritos com conteúdo erótico, pois a lei se refere ao ato, ou seja, a uma realização física completa (…). Por exemplo: agente que realiza masturbação na vítima, introduz o dedo em seu órgão sexual, introduz instrumento postiço em seu órgão genital, realiza coito oral etc.”
Por favor...me poupem: beijo de um casal apaixonado ou namorando, sejam eles menores ou maiores, sejam eles hetero ou homossexuais não pode ser crime senão na cabeça de pessoas provincianas.
Não se pode dizer que a prisão do pobre rapaz é correta senão num país em que os valores estão de ponta cabeça.
Isso é preconceito claro e indisfarçado!
E muito me admira que a OAB, por seu representante para assuntos de diversidade sexual, não veja isso e não se manifeste contra.
Se fossem dois heterosexuais ninguém diria que é ato libidinoso, não importa a idade que tenham.
Alguém lembra desse filme: os dois estariam na Febem se fosse aqui... |
Algém já manifestou repúdio ao Marcelo Camelo (30a) - músico do Los Hermanos - porque ele namora como "gente grande" com a Mallu Magalhães (16a)?
Quer dizer que aos 13 anos não temos damos beijos de língua heterossexuais? Meu primeiro beijo foi aos 12, no cinema e durou muuuuuiiiiiiitoooooo tempo. Mas como foi heterossexual: tudo bem!
Uma cretinice sem fim...tenho vergonha. E depois o pessoal mete o pau no Irã!
A intrigante parte da vida
Se tem uma coisa que a muitos homens intriga essa coisa é a escolha de calcinhas para presente.
Diversamente do que ocorre no mundo masculino que tem número bem limitado de modelos e formatos de underwear, o universo feminino traz inúmeros modelos de lingeries.
Caleçons ou calçolas...rsrsrs
Tangas
Cuequinhas
Daí é possível encontrar infinidades de materiais: elanca, lycra, algodão, tactel, renda, seda...
E mais uma infidade de formatos: largas ou estreitas, asa delta ou fio dental e por aí vai.
Modernosas ou Vintage? Com babados ou sem?
E tem as calcinhas bem humoradas
Tem ainda as que deixam "tatoos"
E as que vêem com presentinhos escondidos para diversão diária enrrustida
Muitas mulheres dizem que os homens não lhes compram lingerie e acham isso falta de sensibilidade. Mas como ele saberá escolher corretamente diante de tanta variedade de cor, modelo, corte, material, formato, conforto, utilidade e blábláblá?
Isso sem contar que há aquelas mulheres que esperam receber lingeries de griffe, mas como saber qual se o presente é surpresa? Passionata, Victoria Secrets, Dolce e Gabanna, Za.Za, Emporio Armani, Cavalera, Thais Gusmão????
Cá entre nós, coitado do cara que entra numa loja de lingerie: com tantas opções disponíveis quem é que acerta???
Meu critério é: compro as que eu gosto que ela use e, por favor, não reclame...rsrsrs
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Coisa de gente grande
As crianças são o ser humano em sua essência, sem a influência do superego.
Fazem amizades mais facilmente, choram mais facilmente, se alegram mais facilmente, tomam o que é dos outros sem dor na consciência, agridem os outros sem pudor, reatam amizades facilmente, admitem suas fraquezas e raramente escondem o temor que têm ou deixam de dizer com franqueza o que sentem ou o que pensam sobre algo.
Para elas demonstrar amor ou egoísmo não é tabu. E quando são solidárias o fazem de modo genuíno, sem buscar a aprovação por isso. As crianças admiram as coisas ao seu redor e não vêm na beleza ou no luxo algo supérfluo.
As mais tímidas e as mais expansivas o são e ponto. Nada de dissimular, nada de esconder, nada de serem politicamente corretas.
Aculturar-se, não sentir-se parte da natureza como se fosse possível não estar nela ou ser maior que ela, dissimular sentimentos e ações, desvalorizar a estética, o luxo e a beleza, criar obstáculos para ampliar a rede de amigos é, definitivamente, coisa de gente grande. Mas isso, ocorre com qualquer animal. É da natureza...fazer o que?
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