Há quem goste de se prostituir. Nem todas as pessoas que vivem de prestar serviços sexuais são vítimas!
Mas há, sim, quem procure esse meio de ganhar a vida por ser o único que lhes resta.
Travestis e mulheres quando se prostituem são procurados justamente por seus algozes sociais. Por aqueles que publicamente as condenam mas, na calada da noite, no silêncio da alcova, com elas se regozijam.
Os travestis, mais do que as mulheres, sofrem preconceito em casa, depois na sociedade a que pertencem e são vítimas de chacota e violência nas escolas, nas ruas e sequer conseguem se empregar: nem em emprego particular, nem em emprego público.
Daí só lhes resta...a rua.
Gostem elas ou não!
A aceitação do transexual como um 3o. gênero assim identificado em seus registros é um passo significativo para romper com o preconceito e permitir a aceitação social dessas pessoas.
O Brasil deveria se envergonhar de seus parlamentares tão conservadores que chegam à desfaçatez de virem a público incitar o preconceito e a intolerância, como já discutido exaustivamente aqui.
Por isso mesmo é que chama a atenção o caso do conservador governo do Paquistão.
Não precisamos dizer que aquele país é um ícone de retrocesso cultural, sobretudo no que tange às liberdades individuais para as mulheres. Pelo menos essa é a imagem vendida sobre ele aqui no ocidente.
Todavia, esse país surpreendeu o mundo ao anunciar medidas que favorecem os transexuais que lá vivem.
A primeira delas é o fato de que a Suprema Corte aceitou introduzir o terceiro gênero no documento de identificação nacional.
Além disso, o governo está começando a empregar transexuais como cobradores de impostos impactando assim na dificuldade que eles têm para encontrar trabalho: melhor ser cobrador a não ter outra opção senão a rua.
Isso é um exemplo de cidadania exercida com respeito à dignidade do ser humano.
Fico até pasmado de por lá, ainda condenarem mulheres à morte por apedrejamento (daqui à pouco algum ser mais engraçadinho vai dizer que tem lógica: apedrejam mulheres e criam novo gênero para os travestis porque preferem estes em detrimento daquelas).
Ultimamente venho repudiando um pouco os termos "inclusão social e diversidade". Pois, a maneira como muitos projetos sociais a usam, dão uma conotação de vitimização para os "diferentes". E vendo neste prisma fazem campanhas de como tratar os diferentes, de maneira a torná-los iguais. Isso me soa como uma forma disfarçada para tratar de algo que não aceitam ou não entendem, mas se acham no dever de fazer algo para exoplicar seu papel na sociedade. É lamentável que o respeito á dignidade do ser humando continua sendo ainda um grande problema na existencia humana. Enquanto as réguas utilizadas para decidirem o certo e o errado existirem, a individualdade e suas peculiaridades estarão afetadas. Percebo que a maneira como querem trabalhar a questão da inclusão e da diversidade é através de um autoritarismo desmedido, igual ao anterior, como se tivesse criando uma contra-cultura, mas sem sair do lugar. Tipo, se chamarem alguém de preto , pode ser caracterizado como indicativo de discriminação. Mas, se chamarem uma mulher loira, de "loira burra", é encarado como gozação.
ResponderExcluirO post chama atenção para isto também. Das incoerências nas buscas das soluções para os problemas sociais.