terça-feira, 29 de novembro de 2011

Vivensidão

Da vida não espero nada
Ao mesmo tempo desejo tudo
Viver já não mais basta
É preciso um viver profundo
Um viver exagerado
Extravagante e insensato
Um viver beirando a morte
Como um mergulho cego
Na imensidão do Abismo Anhumas
Abusar da própria sorte
Olhar nos olhos do medo
Viver assim até que vale
É viril mas temerário
É intenso e libertário
É sem pejo ser aprendiz
Em forjar a suprema arte
A arte de ser feliz 


Atemporal

Existem algumas sensações que parecem ser atemporais e sem limites territoriais!






segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Vai encarar?


Holly Holm, é o nome da beldade ao lado que é campeã de boxe e MMA.

Do total de 34 lutas profissionais a mocinha ganhou 30.

E tem condições de encarar qualquer homem que lute artes marciais...vai encarar?


 

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Interminável solidão

Oh incansável solidão
Flagelo de muita gente
Involuntário calvário
Contra a qual se é impotente

Oh implacável solidão
Que persegue noite e dia
A vítima de sua chibata
E seus pecados expia

Essa interminável solidão
É algoz sem alma e sem piedade
E se inferno algum existe
É viver assim, ardendo, numa completa soledade


Silêncio

Silêncio é uma opção
O emudecimento é uma arte
Calar nem sempre  é omissão
Ser silente nem sempre é ser covarde
Mas é tênue essa linha
Que separa os dois mundos
Que distancia o homem sábio
Do covarde moribundo
A coragem é como a "calla"
Flor de exótica distinção
Não está por toda parte
E se esconde no coração
A covardia por seu turno
Se encontra em cada esquina
Disfarçada de coragem
Ou de elevada autoestima

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Democracia se faz assim



Você gosta de drogas? Não? Nem eu!

Mas tem gente que gosta e tem o direito de buscar o reconhecimento de sua licitude.

Mais do que isso: tem gente que não gosta e, assim como eu, entende que a marginalização não leva a lugar algum, que as vias tradicionais de combate às drogas estão falidas, que a manutenção da ilicitude traz mais malefícios do que benefícios para a sociedade, que o sistema atual alimenta a corrupção e o crime e que, de qualquer modo, o assunto merece um debate amplo, que o uso merece ser descriminalizado, que o Estado deve buscar tornar o problema da do uso e da dependência uma questão de saúde e não de ordem criminal. Entendo, que é preciso retirar as trevas que mantém a população na ignorância, sobretudo para buscar absorver os benefícios que tratamentos médicos usando cannabis ou coca, por exemplo, podem trazer para o grupo social.


E só se consegue isso quando se pode ter a liberdade de manifestação e de pensamento para uma pública sensibilização social.

Enquanto noutros países há até convenções sobre a maconha (vide foto acima), aqui é comum vermos tribunais tolhendo o direito do cidadão de se manifestar publica, politica e pacificamente em marchas pela maconha.

Isso não é coisa de país civilizado! Menos ainda de país democrático.

Exatamente por isso é de se exaltar que, pela segunda vez, o STF (Supremo Tribunal Federal) deu seu apoio ao direito popular de - quem quer que seja - livremente se manifestar em favor da discussão sobre liberação do uso de drogas, inclusive por meio de passeatas e atos públicos!

Conforme noticiou o UOL, o relatório do ministro Carlos Ayres Britto, lido nesta quarta-feira (23), foi referendado por mais seis colegas, ratificando a licitude dos protestos pela liberação de entorpecentes e que isso não é apologia ao crime.

A partir de agora, marchas e movimentos desse tipo não podem ser cerceados por decisões judiciais. 

A ação foi levada pela Procuradoria-Geral da República, questionando a constitucionalidade da criminalização de atos que defendam, por exemplo, a maconha.

No primeiro julgamento, realizado em junho, todos os oito ministros presentes votaram a favor da legalidade das marchas. Dias Toffoli não votou por ter atuado no caso como advogado-geral da União.

Relator da ação que pedia a liberação de manifestações desse tipo no primeiro julgamento, o ministro Celso de Mello afirmou que “nada impede que esses grupos expressem livremente suas ideias”

Questionado pelo colega Gilmar Mendes sobre a possibilidade da organização de marchas em favor da pedofilia, ele respondeu: “Podem ser ideias inconviventes, conflitantes com o pensamento dominante. Mas a mera expressão de um pensamento não pode constituir objeto de restrição”.

E ele tem razão! 

Razoável ou não, aceitável ou não, nojento ou não, a pedofilia é - por exemplo - o foco central de um partido político na Holanda: o Partido da Pedofilia! 

Podem seus filiados lutarem pela legalização da pedofilia. É um direito do Estado manter na ilegalidade essa prática lamentável, mas se existe alguém com coragem de levantar a bandeira de uma ideologia é um direito seu discutir publicamente o assunto sem ser vetado, censurado ou punido por isso, o que é bem diferente de praticar o ato defendido.

Para o presidente do STF, Cezar Peluso, o tema “põe em jogo a questão do perfil da liberdade de reunião, como instrumento da liberdade de expressão, de opinião, de pensamento. No caso, da opinião favorável a descriminação de condutas”.

Seguiu afirmando:  “A questão das drogas é de há muitos anos uma questão discutível. Ela não significa necessariamente nenhuma autorização para uma prática de atos capazes de vulnerar nem de atentar contra a estruturação da sociedade”, disse.

Democracia se faz assim!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A ALESP só faz merda...

Eu sinto vergonha de São Paulo....vergonha profunda mesmo!

Nunca pensei que me sentiria assim, mas devo admitir que com pesar no coração que é assim que me sinto, infelizmente.
Não se trata só do desamparo que o poder público faz pesar sobre os contribuintes. Não se trata só de constatar que nossos políticos são vergonhosos, despreparados, corruptos e ignorantes. Se trata de infelizemente reconhecer que esses gárgulas são a cara do eleitorado. Logo, em contrapartida, nós - povo paulista - somos assim: vergonhosamente ignorantes, despreparados e corruptos.

Temos exemplos de sobra quanto à corrupção.

Mas e quanto ao despreparo e a ignorância???? Merece destaque o "PROJETO DE LEI Nº 485, DE 2011" aprovado nesta data que "proíbe o trânsito de motocicletas com carona nos dias úteis da semana, compreendidos entre segunda-feira e sexta-feira no âmbito do  Estado de São Paulo" em cidades com mais de hum milhão de habitantes.

E assim dispõe a lei:
 
Artigo 1º - Fica proibido o trânsito de motocicletas com dois ocupantes, chamados “carona” ou “garupa” durante os dias úteis da semana, compreendidos entre segunda-feira e sexta-feira.
 
Artigo 2º - O trânsito de motocicletas com dois ocupantes fica liberado durante os finais de semana e feriados.
 
Artigo  3º - Torna-se obrigatório o uso de capacetes e coletes com o número da placa da motocicleta afixado na parte de trás dos mesmos em dimensões e cor fluorescente que o mantenha legível, inclusive à noite.
 
Artigo  4º - O descumprimento do determinado nos caputs 1 e 3 da presente lei acarretará ao infrator a imposição de multa, no valor de R$ 130,00 (cento e trinta reais) para cada um dos referidos artigos.
Parágrafo único – O valor da multa de que trata este artigo será atualizado, anualmente, pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, acumulada no exercício anterior, sendo que, no caso de extinção desse índice, será adotado outro índice que reflita a perda do poder aquisitivo da moeda.
 
Artigo  5º - O controle e a fiscalização da aplicação desta Lei ficará a cargo do Poder Executivo Estadual e Municipal.
 
Artigo  6º - Esta Lei é válida somente para as áreas urbanas de municípios com a população superior a hum milhão de habitantes.


Claro que para toda lei ou ato público deve haver uma "JUSTIFICATIVA"! E os nossos "pra"lamentares assim se justificam:
 
"A proibição do tráfego deste tipo de veículo com dois ocupantes têm duas finalidades distintas: a primeira é a de proporcionar maior segurança aos motociclistas, visto que os números de acidentes e mortes no trânsito envolvendo motos vêm batendo recordes a cada ano. A quantidade de motociclistas mortos no trânsito de São Paulo aumentou 11,7% em 2010, passou de 429 em 2009 para 478 em 2010. O dado causa ainda mais preocupação se levarmos em conta que houve redução na mortalidade dos demais atores envolvidos no trânsito: motoristas, ciclistas e pedestres. Os dados são do Relatório de Acidentes de Trânsito da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e demonstra ainda que 41,8% das colisões com mortes envolveram motos e carros. Na sequência (14,9%) aparecem motos e ônibus. Só na cidade de São Paulo, esses acidentes significam um impacto de R$ 10 milhões anuais aos cofres do sistema de saúde. Com o valor seria possível montar dez novas unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMAs), que funcionam 24 horas por dia."
 
Agora pensemos a respeito dessa tosca explicação! 

Acidentes  ocorrem em todos os lugares. Estradas e cidades de interior estão cheias de acidentes provocados por motoqueiros. Logo, pela visão dos "vossas excrescências" que habitam nossa Assembléia Legislativa, só merecem mesmo atenção as cidades com mais de 1.000.000 de habitantes...E o resto? Fodam-se!

Por outro lado,  quem é paulistano ou circula de carro ou de moto por cidades infestadas pelos nefastos motoqueiros (são diferentes de motociclistas) sabe que os maiores causadores de acidentes são os motoboys, essa gente vinda direto do inferno para tornar a vida dos cidadãos mais perigosa.

E eles andam acompanhados? NÃO!!!!

Exatamente por isso acidente envolvendo uma moto deixam apenas uma pessoa estirada no chão: o "mortoboy". No máximo duas: o "mortoboy" e o infeliz do pedestre que teve o azar de ser feito de pino de boliche...

Logo, na prática, em que esse dispositivo legal vai ajudar a salvar vidas?????
 
"A segunda finalidade do presente projeto de lei é a tentativa de diminuir uma modalidade de crime cada vez mais comum em São Paulo: o assalto à mão armada realizado quando a moto, ocupada por dois assaltantes, aborda pessoas que deixam estabelecimentos bancários (saidinha de banco) ou veículo (automóvel ou outra moto) e o chamado “garupa”, armado, rende a vítima, assaltando-a e muitas vezes matando-a.
 
Segundo dados do Departamento de Polícia da Capital – DECAP – os motoqueiros estão envolvidos em 61,5% dos crimes contra o patrimônio.
 
Lembramos ainda que geralmente são meliantes ocupando motos (piloto e garupa) que dão “cobertura” a assaltos a bancos, que atuam em casos de roubos em estabelecimentos comerciais e  a pedestres."
 
A lei fixa o dever de usar a placa anotada de forma legível no capacete e num colete. Agora, me diga, em que essa medida vai prevenir crimes ou diminuir acidentes? Imagine só nos fins de semana, andando igual a um idiota com o número da placa afixado no capacete do condutor e do carona? Imagine um carona ocasional tendo que comprar – para uma só oportunidade – um colete e nele anotar o número da placa. E se esse carona tem seu próprio capacete, não poderá pegar carona senão com uma só pessoa ou ter um capacete e um colete para cada possível moto em que for pegar carona???? E para os que têm mais de uma moto???? Terá que ter um capacete e um colete, no mínimo, para cada moto além de outro, para cada moto, para um eventual carona????? Como assim?????

Isso tudo sem contra os profissionais que trabalham testando motos (jornalistas especializados, por exemplo; mecânicos e tal...).


Por outro lado, a pena pelo descumprimento é uma multa….alguém já viu ladrão, que inclusive usa motos roubadas, cabritadas e com placas falsas ou dublês para praticar crimes, estar preocupado com multa??? É assim que nossos ogros da assembléia esperam diminuir a criminalidade???

É isso aí, nada como uma lei coroando a idiotice que impera nesse Estado!

Andrea True: atriz pornô e cantora



Quem tem mais de 35 anos, por certo já ouviu a música do clip acima. Quem tem mais de 40 anos por certo já foi aos "bailinhos" dos anos 70 e 80 e já dançou ouvindo esse hit da era disco.


Pois é...Andrea True, a loira que canta e dança a música em questão, era uma ATRIZ PORNÔ e fez filmes como Garganta Profunda, outro hit dos anos 70.

Fica até engraçado e irônico pensar em tantas festas de família animadas ao som de uma atriz pornô!

Há um "que" de profecia: nos anos 70 famílias cristãs de valores tradicionais vendo em horário nobre as novelas da Globo embaladas nas músicas (como o single N.Y. You Got Me Dancing, na novela DANCING DAYS) daquela que era uma atriz de filmes adultos, tal qual um prefácio dos tempos modernos nos quais as novelas exportam seus atores para o cinema erótico e evidenciam-se repletas de cenas de nudez, sexo e palavras de baixo calão.

Bom, na verdade, este post é só para dizer que Andrea True, aos 58 anos, morreu hoje.


sábado, 12 de novembro de 2011

Costumes

Algumas curiosidades sobre costumes sexuais na Roma antiga:

POR RESPEITO, SÓ ANAL
Entre os antigos romanos, era comum que o marido evitasse fazer sexo vaginal com a sua esposa na noite de núpcias, em respeito à sua (dela) natural timidez de moça virgem. Como compensação, ele poderia sodomizá-la. Aí, tudo bem.

SÓ VESTIDA
As mulheres honestas da Roma antiga nunca tiravam toda a roupa na hora do sexo. Só as mulheres perdidas transavam sem sutiã; nas pinturas dos bordéis, as prostitutas eram representadas sempre usando essa peça.


PRA SER MACHO, É SÓ SER ATIVO
Entre os gregos e romanos, ser macho era ser ativo, independentemente do sexo do parceiro passivo. Um homem livre cometeria uma infâmia caso fosse passivo numa relação homossexual. A relação homo entre homens adultos livres não era bem vista. No entanto, as pessoas divertiam-se no teatro ou se vangloriavam na alta sociedade de relações homo entre um homem livre (sempre ativo) e um escravo ou um outro homem de condição social inferior. Aí, era considerado um “pecadilho”.

INFÂMIA ERA DAR PRAZER À MULHER
Um homem livre também cometeria uma infâmia caso se colocasse a serviço do prazer feminino.

MENINOS? PRAZER TRANQUILO
Como se sabe, era comum que homens fizessem sexo com meninos. Dizia-se que os meninos propiciavam um prazer tranqüilo, que não “agitava a alma”, enquanto a paixão por mulheres era considerada um mergulho na “escravidão”.

PAIXÃO É QUASE DOENÇA
A paixão amorosa era temida e era vergonhosa. Quando um romano se apaixonava loucamente, seus amigos e até ele mesmo consideravam que moralmente o sujeito caíra na escravidão ou perdera a cabeça por excesso de sensualidade.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Mais USP: Fernando Haddad, o Ministro da Má Educação

Coquetéis molotov deixados na reitoria da USP pelos alunos invasores

Segundo noticiado pelo UOL, o ministro Fernando Haddad (Educação) criticou a ação policial de reintegração de posse na reitoria da USP afirmando que: "Não se pode tratar a USP como se fosse a cracolândia. Nem a cracolândia como se fosse a USP", disse Haddad durante vistoria ao antigo hospital do Juqueri onde, aliás, deveria ficar internado para tratamento do que me pareceu ser um transtorno psicótico!

Afinal, o que ele queria que os policiais fizessem? Levassem bolinhos de chuva e suco de maracujá para os delinquentes que resolveram, sem nenhuma razão justa, invadir e depredar patrimônio público?

Sim, cracolândia é bem diferente da USP. Na cracolândia situam-se dependentes químicos de todas as classes sociais que ali circulam como se fossem zumbis entregues ao seu mestre e demônio que é o crack!

Para pagarem o vício vendem tudo que têm, disponibilizam seus corpos em prostituição, roubam e matam quando não morrem antes.

A cracolândia é fruto do desleixo e do descaso do poder público: é um caso de educação e de saúde pública que foi sofrendo paulatinamente aumento de proporções até chegar a ser, também, caso de polícia!

Se de um lado é verdade que usuários de crack vagam pelas ruas da chamada cracolândia sem serem incomodados pela polícia ou por agentes sanitários, de outro lado também é verdade que nesse estado de torpor induzido pelas drogas os usuários chegam à indignidade por serem escravos do vício e vítimas de um Estado ausente.

Já, na USP, vemos o inverso. O Estado presente e bem presente. Os jovens detidos por sua desordem têm acesso ao que o Estado pode lhes proporcionar de melhor: a educação de melhor qualidade do país.

Não são eles escravos de nada senão de sua própria consciência como eles próprios picharam nas paredes da reitoria.

Esses alunos são ainda mais nocivos que os viciados que vagam por aí: têm consciência e discernimento, dignidade e lucidez, conforto e liberdade mas, mesmo assim, preparam coqutéis molotov para um enfrentamento violento (sabe lá deus com quem... ), em plena época de paz e dentro de uma universidade pública!

Na cracolândia vemos escravidão. Na USP vemos libredade. Mas responsabilidade e liberdade andam juntas e é isso que esse bostas não querem!

Ao comprar suas "maconhas" estão contribuindo com o tráfico tanto quanto os zumbis da cracolândia. Exatamente por isso os estudantes são piores e merecem ser tratados com dureza.



P.S.: O vídeo acima mostra a ação da polícia e a provocação dos alunos. Assistindo até o final é possível ver uma aluna (que parece também ter trasntorno psicótico) reclamar da truculência policial que só existe na cabeça dela. E ainda é possível notar a ignorancia dessa mesma mocinha que (provavelmente querendo se dizer vítima de violência) afirma estar sendo vilentada (cujo significado remete a violência sexual).

Vergonhoso....com certeza esse ministro tosco não receberá meu voto caso concorra para a prefeitura de Sampa ano que vem.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Delinquentes mimados

São apenas delinquentes mimados

Gilberto Dimenstein
Gilberto Dimenstein
Hoje eu ouvia a BandNews FM São Paulo quando o âncora do jornal matutino, Ricardo Boechat, saiu em defesa dos baderneiros que se instalaram na reitoria da USP em Sampa. 

Embora tenha ele lembrado sutilmente dos excessos cometidos pelos estudantes detidos, afirmou ele que quando jovem fez as mesmas coisas e que isso é coisa da idade, sugerindo que as bandeiras dos anos 60 e 70, embora diferentes daquelas hasteadas pelos moleques, não eram mais ou menos valorosas.

Discordo! O que se vê hoje é pura baderna. O que se vê hoje são jovens sem sentido de cidadania, civilidade e respeito. Nem mesmo sabem o que é democracia à qual fazem referência.

São delinquentes e assim merecem ser tratados.

E já que eu fiz referência a um jornalista com o qual nãoi conocordo. Farei referência ao texto de outro que é mais sensato.

"O que estamos vendo na USP não tem nada de político ou ideológico. É apenas delinquência. Não existe nenhuma causa. Não representa nem remotamente aquela comunidade universitária.

Aquele grupo que invadiu a reitoria imagina-se acima da lei e o ataque físico que fizeram contra os jornalistas apenas reforça a visão de que ali não há valores democráticos. Não respeitaram nem mesmo uma decisão da própria assembleia dos estudantes.

O que incomoda no caso da PM do campus não é a questão da autonomia universitária - como se um posto policial ferisse a autonomia universitária - mas a vontade de que, naquele espaço, não tenha ordem.

São como adolescentes mimados que querem fazer o que bem entendem sem limites.

Autonomia universitária é uma coisa. O que eles fazem com o dinheiro do contribuinte, danificando uma propriedade pública, é outra"

Gilberto Dimenstein, 54, integra o Conselho Editorial da Folha e vive nos Estados Unidos, onde foi convidado para desenvolver em Harvard projeto de comunicação para a cidadania.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ser feliz ou ter razão?

Estou viciado em HOUSE, aquele seriado em que um médico dependente químico, arrogante, rude, rústico, charmoso, habilidoso, engraçado e muito sarcástico é o personagem principal.

Além das tramas paralelas os personagens da série vivem em crises profissionais e pessoais, chocando-se entre si e - quase sempre - sendo fustigados por HOUSE que na maior parte das vezes tem razão em seus diagnósticos médicos e humanos.

Para ele, o ser humano é o que é: nem bom e nem mau. É um ser anaimal com carcterísticas próprias e bem distintas, dentre as quais algumas pouco louváveis como mentir, trapacear, trair, dissimular, invejar e por aí vai. Mas ele é o melhor exemplo de que o ser humano pode ser tão leviano quanto generoso.
A relação entre ele e os demais personagens da série é sempre tumultuada, repleta de embates profissionais e pessoais quase sempre oribitando em torno de quem tem "razão".

HOUSE é um personagem invasivo e grosseiro que com posturas politicamente incorretas e comentários ácidos consegue atrair para si a unanimidade de seus parceiros quanto a sua genialidade e quanto a sua infelicidade!

Sua sinceridade é voraz e incomoda, tornando-o uma pessoa antipática e anti-social.

House não tem vergonha de lutar para demonstrar que está (ou estava) certo, ou seja, que tinha razão. Isso o faz feliz...

Julgam-no com um infeliz porque toda a sua conduta parece ser impessoal em relação aos pacientes, colegas de trabalho, namoradas e tal. Julgam-no infeliz por acreditarem que sua genialidade esconde um monstro insensível preocupado apenas com seu ego. Julgam-no infeliz porque, acima de tudo, ele quer ter razão e na maior parte das vezes ele a tem.

Mas ele é feliz a sua moda, ele é sensível a sua moda e seu carisma decorre disso: dessa luta constante por fazer o melhor, mesmo que vez por outra tenha atitudes irracionais e desprezíveis.

Por isso é que ele conquista o público: mais humano, impossível.

Ter razão não se opõe a ser feliz e vice-versa. E o personagem dele, mesmo caricaturado, mostra isso.

Eu mesmo, até ouvir a pergunta do título desse post, jamais havia pensado que alguém poderia considerar que uma opção exclui a outra...porque, de fato, não se excluem.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

USP x Polícia x Maconha

Eu creio piamente que o ESTADO DE DIREITO, num país democrático e civilizado, é o maior bem que uma comunidade pode dispor.

Se podemos livremente escolher nossa religião, se podemos livremente fazer manifestações, se podemos livremente exercer nossos pensamentos é porque não vivemos sob o jugo de uma ditadura.

Posso livremente falar sobre drogas, preconceito e política. Posso livremente me manifestar sobre tais pontos. Posso promover passeatas, protestos e até paralizações por conta desse tal ESTADO DE DIREITO.
Mas para cada direito está co-relacionado um dever. Para cada direito há uma contrapartida de obrigação social. E abuso de direito deve ser repudiado veeementemente sob pena de subverter-se a função sociald e cada direito outorgado.

Aqueles estudantes da USP que estão invadindo e depredando dependências físicas da universidade não podem exigir respeito porque, simplesmente, não sabem o que é respeitar.

De um lado, pela ausência da polícia nas ruas da universidade, criminosos tomam conta e não só roubam: matam e estupram!

Essa ausência se deve a uma exigência de alunos e professores que não querem a mão militar a lhes tolher direitos mas, mesmo assim, permitiu-se a presença da PM porque a insegurança, o medo e a lesão ao patrimônio e a vida dos alunos e funcionários não poderiam continuar ao "deus dará".

Cumpre perguntar: Afinal, que direitos esses alunos temiam ver tolhidos pela presença da PM?O de fumar maconha? Desde quando fumar maconha virou um direito? Será que a lei mudou e não estou sabendo? E se ainda assim fosse um direito, seria esse direito superior ao da vida em si mesma?

Noutras palavras: preferem ver o direito à vida tolhido por bandidos a perderem o "direito"de fumar um "baseado" a céu aberto....isso sim é que é respeito à vida humana, não?

Ao invadirem as dependências da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) esses alunos (com a covarde postura que lhes é peculiar) cobriram suas caras com panos. Assumiram a mesma postura dos bandidos em rebeliões.

Não têm dignidade esses merdas. Não estão lutando por algo justo. Envergonham os antigos militantes e intelectuais que lhes garantiram o direito do qual abusam nos dias de hoje: antigamente as pessoas não somente mostravam suas caras nas lutas contra o Estado mas, acima de tudo, arriscavam suas vidas para proteção de um bem maior que era a liberdade e o progresso.

E mais: colocaram blocos de concreto na rua em frente para impedir o fluxo de carros, sem ligar para o direito de ir e vir dos outros...

Faixas de pano e cartazes diziam: “Fora Rodas, Fora PM,” “Datena bandido”, “PMídia” e “Os policias não são trabalhadores, são os braços armados dos exploradores”.

Esse é o tipo de gente que compõe nossa futura classe de intelctuais: um bando de inconsequentes.

Afinal, que direito têm os baderneiros que lá estão de invadir as dependências da universidade mesmo após decisão assemblear majoritária em sentido contrário? Um grupo que não respeita a lei, que não respeita decisões majoritárias é extremista e com extremistas não se pode ter diálogo.

Exatamente por isso a PM deveria ser acionada: para garantir os direitos dos que têm direitos, ou seja, dos que querem trabalhar e estudar em paz.

As pessas fazem cada coisa pelo Natal...


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Finados e Halloween: uma coisa só!



De uns tempos para cá, pela influência do cinema e das escolas (sobretudo de idioma inglês) passamos a comemorar no Brasil o Dia das Bruxas no dia 31 de outubro.

De outro lado,  no dia 02 de novembro uma outra data tradicionalmente forte é comemorada por aqui por força da influência católica: o Dia de Finados.

Uma é tida como uma festa aos mortos a moda pagã, a outra é celebrada em respeito e homenagem aos finados a moda cristã.

Halloween, ou simplesmente, Dia das Bruxas remonta aos primórdios da Europa, mais precisamente às tribos celtas e cuja tradição floi inserida nos EUA por força dos imigrantes irlandeses.

A palavra Halloween se origina do inglês antigo “Hallowed” que também deu origem à palavra "holly" (santo) acrescida do sufixo “e’en” (noite), ou seja, significa noite santa, algo como “All Hallows Eve” ( noite de todos os santos). Para os druidas (sacerdotes celtas na antiga França, Irlanda e Inglaterra), a noite de 31 de outubro era a comemoração da vinda da deusa Samhain aos homens, juntamente com os espíritos dos mortos. Os celtas acreditavam que era preciso agradar esses espíritos, caso contrário eles poderiam trazer desgraças à humanidade.

Até o século IX d.C., a Igreja Católica comemorava o Dia de Todos os Santos no mês de maio. Contudo, o papa Gregório III, no ano de 835, procurando evitar conflitos religiosos entre católicos e os povos celtas, autorizou a celebração do “dia de Samhain” e transferiu a data do calendário católico para o 1º dia do mês de novembro. 

Outra tentativa de conciliação entre as festividades pagãs e as cristãs foi quando os católicos edificaram o Panteão romano (templo destinado para a adoração politeísta) em igreja cristã. Os ritos religiosos cristãos aos santos eram cultuados um dia depois ao dos deuses pagãos. 

Até hoje o calendário das datas comemorativas conserva esta origem histórica e religiosa.
As duas deixaram de ser vistas como co-relacionadas quando, na Idade Medieval, o cristianismo passou a perseguir os pagãos e seus cultos.

A Santa Inquisição rotulou de bruxos todas as pessoas que praticassem rituais pagãos, troturou e matou inúmeras pessoas e institucionalizou o Dia de Finados em 2 de novembro para abolir as festividades de Samhaim.

Bom feriado!